A campanha eleitoral deste ano iniciou há apenas uma semana e já é alvo
de fortes críticas e reclamações de usuários das redes sociais, que vêm se
manifestando contrários à propaganda política, principalmente no Facebook e
Twitter.
Organizados em grupos ou individualmente, os internautas exigem critério
e cobram limpeza em suas páginas. Segundo o consultor de marketing digital
Gabriel Rossi, a poluição virtual, em vez de beneficiar os candidatos, ocasiona
repulsa e os afasta dos eleitores. Para ele, o problema é a falta de
planejamento e profissionalização.
"Em grande parte do País, a internet vai influenciar no lado
negativo. O novo eleitor não acredita tanto nas instituições, ele confia nos
amigos e quer ser surpreendido, mas 99% dos candidatos não prestam atenção no
público, só na tecnologia. A internet tende a se tornar uma continuação da
propaganda eleitoral gratuita", afirmou.
De acordo com Rossi, a "mentalidade política na internet é a do
santinho digital": "o candidato deve fazer algo diferente, que gere
um debate rico. Eu não vejo isso na maioria das vezes. As campanhas online têm
de se profissionalizar, fazer planejamento estratégico, pesquisa e ser amplas.
Ainda estamos longe do ideal."