Todo
político adora falar que defenderá "os direitos" dos trabalhadores
custe o que custar, que jamais cederá, e que manterá os "benefícios
conquistados".
A questão é: há realmente algum ganho para o trabalhador? Ou há
apenas ônus?
Na prática, ao impor encargos sociais e trabalhistas — todos eles
custeados pelo próprio trabalhador, como será mostrado mais abaixo —, o governo
está dizendo que sabe administrar melhor o dinheiro do que o próprio
trabalhador.
Mais ainda: se o trabalhador é obrigado a pagar por seus
"direitos", então ele não tem um direito, mas sim um dever.
Os tais "direitos trabalhistas"
nada mais são do que deveres impostos pelo governo ao trabalhador. E, para
arcar com esses deveres, a maior parte do salário do trabalhador é confiscada
já na hora do pagamento.
Somente para
bancar os benefícios básicos — férias, FGTS, INSS, encargos sobre aviso prévio
— são confiscados R$ 927 mensais de um trabalhador que recebe em suas mãos
salário mensal de R$ 1.200.
Um
funcionário trabalhando em regime CLT, com um salário
contratado de R$ 1.200, custará efetivamente ao seu empregador 80% a mais do
que o seu salário.
Confira a tabela
abaixo:
Ou seja, por causa dos encargos sociais e trabalhistas impostos pelo governo, o patrão tem um gasto de R$ 2.127 com o trabalhador, mas o trabalhador recebe apenas R$ 1.200. Toda a diferença vai para o governo.
E há quem acredite que isso configura uma "conquista trabalhista" e um "direito inalienável do trabalhador".
Mais ainda: esses não são os únicos custos para o patrão. Em primeiro lugar, os custos podem variar ainda mais conforme o sindicato de classe, o regime de apuração da empresa e o ramo de atividade. Há ocasiões em que os encargos sociais e trabalhistas podem chegar a quase 102% do salário. Adicionalmente, a empresa também tem de ter uma reserva para gastar em tribunais, pois sempre há funcionários saindo e acionando a empresa na Justiça do trabalho. Há também os custos de recrutamento de funcionários, os quais aumentaram muito em decorrência da política de seguro-desemprego e bolsa- família. E quem paga todos esses custos são os trabalhadores.