No DEM, proposta é de candidato próprio e no PSDB opções envolvem Aécio Neves.
Pode ser muito cedo, mas já existem algumas avaliações internas nos partidos de oposição sobre o futuro. O PSDB vindo de derrotas sucessivas para a Presidência, Geraldo Alckmin em 2006 e José Serra em 2002 e 2010, já avalia (ainda que preliminar e informalmente) o caminho e a liderança a ser preparada para a próxima disputa eleitoral. Será a vez de Aécio Neves que dispondo de um mandato de oito anos como senador poderia correr riscos? Mas há quem no Partido defenda uma ação mais profunda.
O ex-presidente Fernando Henrique, por exemplo, tem se queixado sobre a ausência das conquistas de seus oito anos no debate da campanha, Aécio também se ressente por sua proposta de prévia ter sido abandonada logo no início da campanha e as ausências de algumas destacadas figuras no Congresso, especialmente no Senado, na próxima legislatura, também pesam no exame do futuro tucano. Artur Virgílio e Tasso Jereissati, dois dos mais combativos críticos do governo Lula, não voltam. Eles teriam sido visados pelos adversários na última campanha e não se reelegeram.
O Senado, principal reduto oposicionista em função destes dois senadores e outros, não será o mesmo no período Dilma. Dados como estes estarão influindo e a oposição admite que o adversário se fortaleceu e reduziu o campo de ação dos adversários.
O ex-presidente Fernando Henrique, por exemplo, tem se queixado sobre a ausência das conquistas de seus oito anos no debate da campanha, Aécio também se ressente por sua proposta de prévia ter sido abandonada logo no início da campanha e as ausências de algumas destacadas figuras no Congresso, especialmente no Senado, na próxima legislatura, também pesam no exame do futuro tucano. Artur Virgílio e Tasso Jereissati, dois dos mais combativos críticos do governo Lula, não voltam. Eles teriam sido visados pelos adversários na última campanha e não se reelegeram.
O Senado, principal reduto oposicionista em função destes dois senadores e outros, não será o mesmo no período Dilma. Dados como estes estarão influindo e a oposição admite que o adversário se fortaleceu e reduziu o campo de ação dos adversários.
E no DEM, também.
A sugestão de incorporação do Democratas ao PMDB, atribuída ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não evoluiu, mas gerou repercussão interna, gerando reflexões. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, e o ex-prefeito Cesar Maia, apostam na unificação do partido com o projeto de fortalecê-lo, deixando o papel de linha auxiliar para construir candidatura própria à Presidência em 2014. “Essa hipotética proposta (de Kassab) não existe mais. Até ele agora é contra", diz Cesar Maia: "Hoje, ninguém no DEM defende fusão com o PMDB. Nem no PMDB, segundo se diz."
O presidente de DEM e deputado reeleito Rodrigo Maia falou com o prefeito de São Paulo, que entendeu a inviabilidade da fusão com o PMDB. "Ele reconheceu que essa posição, no momento, não tem apoio no partido. Mas compreendeu que esse é o momento de refazer a unidade e pensar no futuro", disse o deputado. As conversas alinharam à proposta de fortalecimento ideológico, descolamento do PSDB e candidatura própria em 2014, cogitando-se até mesmo de nomes como o do senador José Agripino, reeleito. O ex-prefeito Cesar Maia define a estratégia do DEM: "Reforçar sua coluna vertebral conservadora. Isso é que será feito.”
Código Eleitoral
Datado de 1965, o Código Eleitoral Brasileiro vai sofrer uma reforma que prevê atualizá-lo e torná-lo ágil. Uma comissão de juristas indicada pelo Senado trabalha, desde junho, para mudar o código por leis ordinárias, sem alterar a Constituição. Até meados de dezembro, a comissão, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, deverá apresentar um anteprojeto ao Legislativo.
Entre os temas em discussão, segundo o presidente do TRE de São Paulo, Walter de Almeida Guilherme, que integra a comissão, estão a criação de mecanismos para acelerar decisões judiciais, unificar recursos e estabelecer novas formas de prestação de contas e divulgação de pesquisas eleitorais. "Sem dúvida, o Código precisa ser atualizado. Todos concordamos que ele está absolutamente defasado", afirmou.
O ministro Dias Toffoli destacou que há consenso, também, em estabelecer um teto de gastos para campanhas eleitorais. A comissão não vai discutirá temas como voto distrital e em listas, fidelidade partidária e formas de inelegibilidade, por serem temas de uma reforma política.