terça-feira, 10 de agosto de 2010

Informe Politicário.


É nojento como um cidadão (não identificado), escreve em um blog denominado o meu Araripe, tenta arquitetar um plano de injetar estupidamente a idéia que o deputado enviado das profundezas é o lado "espetacular" da notícia.

Na verdade, usam as mesmas artimanhas utilizadas pelas organizações mafiosas, são agentes da preguiça, a favor do comodismo e o povo que se dane, ser do lado da mafia é mais fácil.

Por um tipo de jornalismo "facilitário", que não requer reflexão, que não requer pesquisa, que não requer informação, que não requer contextualização, que não requer análise. É um jornalismo burro, porque dispensa o uso da inteligência. É um jornalismo barato, que pinça frases, retira-as do contexto e se possível cria conflitos onde não existem e potencializa pontos de vista divergentes transformando debates de idéias em batalhas campais.

Todo e qualquer assunto se resume ao reducionismo maniqueísta do "quem ganhou" e "quem perdeu". É muito mais fácil criar heróis e vilões, alimentar um confronto entre eles, do que ter o trabalho de explicar, atrás do jogo político de aparências, que há interesses profundos da sociedade sendo defendidos ou sendo prejudicados.

Quantas linhas gastaram para explicar qual era a substância da matéria a ser relatada? Um bate-boca entre caciques políticos que só desviam os recursos públicos e somente beneficiam seus familiares e os que recebem rupias para escrever noticias fraudulentas que dá mais ibope do que um complexo projeto de lei que praticamente somente pune os adversários do governador (quem mais sabe disso é Bringel). E além de dar mais ibope, é mais fácil de acompanhar quando já se sabe o resultado dos julgamentos. É só anotar as ofensas que um dirige ao outro e garimpar, no meio desse lixo político, comportamental e jornalístico, algum título bem picante.

Pouco importa que dez dias depois os dois artistas resolvam colocar um fim à sua encenação e saiam por aí aos beijos e abraços. E aí o que esse blog faz? Registram a confraternização dos inimigos mortais de ontem, desligam esse botão e saem à procura de outra intriga. Quem sabe o Bringel de hoje, amanhã, não se abraça com Lula Sampaio? Ou Alexandre Arraes, será o prefeito de Eduardo Campos?