Tudo isso porque Raimundo não soube interpretar a vontade do povo dotado de uma embriaguez cega pelo poder.
Em 2016, Evilásio Matheus mostrou seu espírito de grupo. Recusou um convite tentador do então governador Paulo Câmara para ser candidato a prefeito para apoiar Pimentel, ajudando-o a conquistar a prefeitura. Quatro anos depois, novamente deixou o ego de lado e aceitou ser vice, dando o suporte que ele precisava para se reeleger. Muitos diriam que era gratidão, outros, que era lealdade. Mas, para Raimundo Pimentel, isso era apenas o dever de um coadjuvante.
Chega 2024. Evilásio, com sua trajetória transparente e trabalho comprovado, esperava o reconhecimento lógico: o apoio do amigo e aliado para realizar seu sonho, já que até então, estava contribuindo para Raimundo realizar os seus sonhos na política.
E Pimentel? O homem que achou que era dono da bola, viu seu time derrotado. No apagar das luzes de sua gestão, suas licitações começaram a ser canceladas, e o peso dos salários de seus aliados de confiança passou a soar mais como privilégio do que mérito. Sai de cena não como o político admirado de antes, mas como alguém que quis tudo e acabou com nada.
Agora, Evilásio Matheus assume a prefeitura com um desafio duplo: provar que sua vitória não foi apenas um recado ao passado, mas uma aposta no futuro. E Raimundo Pimentel, do alto de sua solidão política, talvez se pergunte: E agora, Mundinho? O que fazer quando o poder escorre pelas mãos, e os aplausos se transformam em silêncio?
A resposta, caro Raimundo Pimentel, talvez esteja no que você esqueceu: em política, a gratidão pode ser mais valiosa do que o poder, e a humildade, mais duradoura que a aprovação.
DA REDAÇÃO
Por José da Caatinga
Com informações da Agência de Notícias
"Faz Tua Obra Acontecer Senhor. Louvado Seja Deus!"