terça-feira, 7 de julho de 2015

VEREADORES DA SITUAÇÃO ESTÃO EM CIMA DO MURO E USAM O SILÊNCIO PARA SE POSICIONAR POLITICAMENTE


O colega jornalista Martinho Filho entrevistou o vereador líder da situação Francisco Edivaldo (PROS) em seu programa Canal Aberto na manhã desta terça-feira (07). Ao final do programa, o jornalista fez uma pergunta sobre o que o Líder acha do atual posicionamento político do vereador presidente da Câmara Luciano Capitão (PSB), e também dos vereadores da bancada de situação Doval da Saúde (PC do B) e Deval do Gergelim (PR) que segundo ele, estão mantendo um afastamento sincronizado do grupo político do prefeito Alexandre Arraes desde que o mesmo teve seu governo investigado pela polícia federal. Para o vereador Edivaldo, os três vereadores que preferem manter-se em cima do muro, na verdade irão pensar melhor pelo fato de o atual governo está mantendo a gestão nos trilhos e realizando ações que tem atendido as expectativas da população.

Quem cala, consente.


Aquele que não se manifesta contra uma atitude concorda com ela. Desde o século 13, este é o significado da máxima “quem cala, consente”. Presente em várias línguas, como o inglês (“Silence gives consent”) e o espanhol (“Quien calla otorga”), a expressão foi cunhada por Bonifácio VIII, papa entre 1294 e 1303, em uma de suas decretais.

Esse é o grande problema: a pretexto de não poder opinar, ou declarar seu apoio por algum motivo (geralmente financeiro), é mais cômodo ficar em cima do muro e, no final, quando passar a turbulência, fica mais fácil chegar e afirmar “eu sempre estive do seu lado”, seja ele (ou ela) quem for.
O momento de se posicionar, de escolher um lado – de preferência o da justiça, de quem não tem nada a esconder – é agora. Depois não adianta. Ficar em cima do muro é o mesmo que cruzar os braços, ou ‘lavar as mãos’, como fez Pôncio Pilatos para com Jesus – o que resultou na sua crucificação. Ele poderia ter tomado uma atitude. Mas não o fez. Antes, preferiu ficar em cima do muro.