O colega jornalista Martinho
Filho entrevistou o vereador líder da situação Francisco Edivaldo (PROS) em seu
programa Canal Aberto na manhã desta terça-feira (07). Ao final do programa, o
jornalista fez uma pergunta sobre o que o Líder acha do atual posicionamento político do vereador
presidente da Câmara Luciano Capitão (PSB), e também dos vereadores da bancada
de situação Doval da Saúde (PC do B) e Deval do Gergelim (PR) que segundo ele, estão mantendo um afastamento sincronizado do grupo político do
prefeito Alexandre Arraes desde que o mesmo teve seu governo investigado pela
polícia federal. Para o vereador Edivaldo, os três vereadores que preferem manter-se
em cima do muro, na verdade irão pensar melhor pelo fato de o atual governo está
mantendo a gestão nos trilhos e realizando ações que tem atendido as
expectativas da população.
Quem cala, consente.
Aquele
que não se manifesta contra uma atitude concorda com ela. Desde o século 13,
este é o significado da máxima “quem cala, consente”. Presente em várias
línguas, como o inglês (“Silence gives consent”) e o espanhol (“Quien calla
otorga”), a expressão foi cunhada por Bonifácio VIII, papa entre 1294 e 1303,
em uma de suas decretais.
Esse é o grande problema: a pretexto
de não poder opinar, ou declarar seu apoio por algum motivo (geralmente
financeiro), é mais cômodo ficar em cima do muro e, no final, quando passar a turbulência,
fica mais fácil chegar e afirmar “eu sempre estive do seu lado”, seja ele (ou
ela) quem for.
O momento de se posicionar, de
escolher um lado – de preferência o da justiça, de quem não tem nada a esconder
– é agora. Depois não adianta. Ficar em cima do muro é o mesmo que cruzar os
braços, ou ‘lavar as mãos’, como fez Pôncio Pilatos para com Jesus – o que
resultou na sua crucificação. Ele poderia ter tomado uma atitude. Mas não o
fez. Antes, preferiu ficar em cima do muro.