quarta-feira, 29 de abril de 2015

POR QUE PESQUISAR? NO MÍNIMO PORQUE SEU ADVERSÁRIO JÁ ESTÁ PESQUISANDO


Francisco Ferraz


Considerando-se a importância que a pesquisa política adquiriu nas modernas campanhas eleitorais, o título desta coluna (Porque pesquisar?) deve parecer insólito e despropositado. Mas a verdade é que não é. Poucas são as campanhas eleitorais que incorporam a pesquisa ao seu núcleo central de estratégia e decisão, e que desenvolvem um programa de pesquisas sistemático e continuado, sob a responsabilidade de profissionais qualificados.

Prevalecem ainda os sentimentos de que o dinheiro que se gastaria em pesquisa poderia ser aplicado, com mais rendimento eleitoral, em outras áreas da campanha; que as pesquisas realizadas por TVs e jornais são suficientes e não custam nada. Na verdade, nenhuma despesa de campanha é mais estratégica e mais rentável politicamente do que aquela feita na pesquisa.


A pesquisa está para a estratégia e marketing da candidatura como os exames de laboratório que o médico requisita estão para o diagnóstico e para a terapêutica. Para preencher a sua função de subsidiar a definição da estratégia e a segmentação do eleitorado, ela deve ser feita “sob medida” para a candidatura, por isso também são de pouca utilidade prática o uso dos resultados das pesquisas feitas pelos órgãos da mídia.