É tradição em Araripina, em todo ano eleitoral, a existência de uma fraternidade negra, pessoas que trabalham unicamente para o eu, que resistem ao processo de evolução e tentam distorcê-lo. Esses inimigos do progresso e da felicidade, chamados de “senhores da face oculta”, são considerados a antítese do desenvolvimento e bem estar das pessoas.
Quem se aprofunda no estudo da história política de Araripina, especialmente da evolução cultural e espiritual dos araripinenses, reconhece a existência de duas forças antagônicas: as forças do progresso e da expansão, de um lado, e as da decadência e da contenção, de outro. Essas forças opostas são, às vezes, chamadas de forças da luz e forças das trevas – expressões bastante utilizadas por oradores e pelos próprios atores da política.
Todos seres humanos egoístas, do selvagem sensual até os cruéis e altamente intelectualizados inimigos da felicidade humana, são representantes das forças das trevas.
Espírito e matéria não são morais nem imorais, bons nem maus. Existem como opostos aparentes, só isso. Para o homem, parecem estar em oposição: a matéria resiste ao espírito. Da mesma forma, o ponto de apoio resiste à alavanca; sem ele, a força mecânica seria impossível.
Portanto, se for separado dos valores e da experiência humana, o mal, de fato, não existe; está apenas na mente do homem.