quarta-feira, 9 de março de 2011

Muita ebulição no mercado partidário


O mercado partidário está em ebulição e entre tantas expectativas a maior delas, que começa a ser tirada das gavetas, seria a de unir num só partido de centro-esquerda o ex-presidente Lula (PT), o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB). Um sonho acalentado pelos três e que já foi expresso publicamente pelo ex-presidente. Isso seria demais para Gilberto Kassab (DEM) que, apesar do acordo de pacificação da cúpula dos democratas, insiste na criação do Partido da Democracia Brasileira (PDB). O cerco de Eduardo junto a Kassab continua e a justificativa seria a de que, futuramente, se daria a fusão do PDB com o PSB, fortalecendo assim seu projeto político nacional. Mas pode ir muito além, como se ouve nas conversas de bastidor. Paralelamente, se especula que a possível fundação do PDB, além de não jogar Kassab na base governista, abriria para José Serra uma perspectiva de vida política fora do PSDB, onde suas pretensões esbarram em Aécio, já visto como candidato a presidente da República em2014. Evidentemente, a “arca de Noé” que Kassab vem idealizando não caberá todos, mas está todo mundo de olho. Hoje, ninguém imagina Lula fora do PT. Aécio ou Serra não é tão difícil um ou outro deixar o PSDB. Em política, no entanto, tudo pode acontecer. Como tem um partido nas mãos e sede de crescer nacionalmente, Eduardo vai em frente. E o limite para investidas mais pesadas é 15 de março, data da convenção dos democratas, quando já se saberá se Kassab sai mesmo ou permanece no DEM.

Colher de chá

Caberá ao governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e não a Eduardo, a apresentação, junto como governador Marcelo Deda (PT), das reivindicações da região durante a 12ª edição do Fórum dos Governadores do Nordeste. O cearense não suporta o domínio do governador pernambucano sobre o PSB.

Bandeiras do PSB

O governador Eduardo Campos vai trabalhar para que o PSB defenda, no debate da reforma política, a concentração das eleições de todas as esferas em um único ano, a consolidação de mandatos com cinco anos de duração e o fim da reeleição.

Limitação

Para Eduardo, com eleições a cada dois anos os governos param de colaborar entre si por causa de restrições da legislação eleitoral. “Quando o pleito é municipal, as prefeituras deixam de receber recursos de estados e da União e, quando a eleição é estadual e nacional, a imobilização é geral”.

O mínimo e a inflação

Jarbas Vasconcelos, que vai votar por um salário mínimo maior do que os R$ 545 propostos pelo governo, afirma que o PT não tem moral para acusar a oposição de irresponsabilidade fiscal. "Na oposição, o PT votou contra o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Proer, as bases da estabilidade econômica. Hoje a inflação em alta é resultado dos abusos cometidos em 2010 para eleger Dilma".

Estrela cadente ?

Os debates na Assembléia ainda não esquentaram mas os governistas já consideram que os tucanos brigaram em vão para entregar a liderança da oposição a Daniel Coelho (PV). “Pelo o que se vê até agora, os posicionamentos de Antonio Moraes (PSDB) e Tony Gel (DEM) são bem mais consistentes do que as de Daniel”, argumentam.

Sem descanso

Disposta não dar tréguas ao prefeito João da Costa, a vereadora Aline Mariano (PSDB) se municia para a audiência pública que será realizada nesta terça-feira, para discutir a operação inverno da Prefeitura do Recife e deslizamentos de barreiras.


Fonte: Diário de Pernambuco