O segundo ano de governo já prevê uma nova disputa eleitoral, os pleitos municipais. Até que ponto esses confrontos poderão interferir no cenário que agora foi instalado em Brasília? As alianças no plano federal poderão ser mantidas nos municípios?
São desafios para o comando político da aliança, embora a experiência mostre que as disputas locais não seguem a linha de Brasília, muitas vezes. São peculiaridades municipais que os comandos nacionais nem sempre administram. E, muitas vezes, toleram para não agravar as alianças maiores. Mas a verdade é que as eleições para prefeitos das capitais têm especial valor político! O caso das prefeituras mais expressivas, porém, ainda tem maior relevância. Quem duvida que as prefeituras de São Paulo, Belo Horizonte, Rio, Porto Alegre, Salvador, Recife, Curitiba, entre outras tem reflexos políticos? E esse desafio é o que virá primeiro, logo no segundo ano do novo governo federal.
A administração e viabilização dessas alianças municipais pode tornar-se difícil, embora o poder de Brasília seja usado. E haverá casos em que lideranças locais, opositoras, poderão exercer a sua histórica influência, fazendo frente à própria máquina do governo central.
Ao governo a penetração do PMDB nos municípios será decisiva e à oposição restará o discurso de crítica e denúncia sem saber exatamente até que ponto produzirá resultados. De qualquer forma estaremos diante de um novo desafio no qual as figuras de prestígio nas localidades também terão importância. Até decisiva.
