Regimento da Alepe permite a Coelho ser dissidenteO presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchôa (PDT), garantiu, ontem, que, mesmo o PV tendo migrado para a base do Governo e comandando a Secretaria de Meio Ambiente, não há impedimento algum para que o deputado estadual eleito Daniel Coelho (PV) seja o líder da oposição na Casa. “Não existe proibição de ordem legal. O regimento da casa não prevê isso. Daniel poderá fazer oposição e, se escolhido, ocupar o posto de líder”, adiantou. De acordo com o pedetista, o impasse é uma questão político-partidária. “O partido é que deve se preocupar com isso”, completou.
O vice-presidente do PV, Carlos Augusto, assinalou que o partido dará carta branca para o deputado assumir a liderança da oposição. “Daniel vai poder ser o que ele quiser. Não vamos nos opor às suas escolhas. Nós vivemos em um ambiente democrático e vamos ouvi-lo”, sinalizou. O dirigente disse que espera o correligionário voltar das férias para ter uma conversa. “Precisamos abrir o diálogo com ele”, assinalou. Coelho foi o escolhido pelo bloco formado por ele, PSDB e PMN para assumir a liderança oposicionista. Em reserva, um verde fez questão de ressaltar que qualquer posicionamento contrário ao Governo será visto como independente. “Ele não será líder da oposição pelo partido. Será uma posição que ele vai bancar”, completou.
O Partido Verde promove reunião aberta, hoje, para discutir a adesão do partido à base do Governo. Entre os assuntos abordados estará a escolha do títular da pasta de Meio Ambiente. Os verdes, contudo, não esperam surpresas na escolha, pois o presidente da sigla, Sérgio Xávier, é praticamente uma unanimidade entre os membros da legenda. Além disso, há um abaixo-assinado circulando na internet legitimando a sua indicação.
Em paralelo, uma equipe técnica do partido é responsável pela análise da estrutura da pasta e a definição dos nomes que comporão a secretaria. Uma reunião entre os membros da legenda e o governador Eduardo Campos (PSB) será realizada, esta semana, para bater o martelo sobre estas questões.
Por Carol Brito e Wagner Ramos
