Toda eleição tem aqueles candidatos que só entram na
campanha apenas para ser coadjuvantes dos reais protagonistas do jogo
político. No linguajar popular são mais conhecidos como as “buchas de
canhão", ou seja, não têm nenhuma chance de vencer uma eleição competindo com
candidatos com maiores estruturas e preferidos das chapas majoritárias, como por
exemplo, aqueles vereadores em exercício que buscam a renovação dos seus mandatos.
Acontece que muitos desses candidatos coadjuvantes
acabam caindo em ilusões e promessas dos grupos políticos profissionais e realmente acreditam que poderão ser eleitos, mas na verdade só estarão nas campanhas para seus votos servirem para garantir a manutenção de poder de muitos políticos tradicionais.
Enquanto os preferidos recebem apoios de lideranças,
membros das associações rurais e urbanas, além das melhores condições
financeiras e ferramentas estruturadoras para suas campanhas, os coadjuvantes
no máximo recebem algum material de campanha e algumas migalhas como ordem de
combustível e um pouco de dinheiro que não dura nem uma semana de campanha.
Campanhas eleitorais não são festas nem só alegrias, e
muito menos lugar de amadorismo. Vence quem tem maior grupo, mais capital
financeiro, mais habilidade em superar os constantes desafios, e, sobretudo
quem consegue unir todas essas ferramentas, além de muitas outras inusitadas, e
aplicar numa campanha com características que reflitam a maioria das
expectativas da sociedade e da população em geral.
O correto é escolher um partido para se filiar onde possa conhecer todos os possíveis candidatos e com muita sinceridade avaliar as reais chances de vitoria, ou já entrar sabendo que será apenas um coadjuvante no pleito eleitoral.
DA REDAÇÃO
Por Portnalli Alencar Filho