sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

MUDAM-SE OS SLOGANS DO GOVERNO FEDERAL MAS AS AÇÕES SÃO ÀS MESMAS


Depois de dois slogans cujo foco era a inclusão – “Brasil: um país de todos” e “País rico é país sem pobreza” – o governo federal parece ter mudado seu posicionamento de comunicação enfocando a educação. Com o slogan “Brasil: pátria educadora”, a presidente da República parece querer investir mais solidamente na educação.

 

O objetivo aqui não é discutir política ou apontar inconsistências entre os atos da presidente e seu discurso. Os meios de comunicação – internet, revistas, jornais – fervilham com análises, na maioria negativas, das escolhas ministeriais do novo mandato e da improcedência do novo slogan. Nosso ponto de vista recai, pois, na técnica de comunicação, em especial na construção de slogans, uma ferramenta essencial e da maior importância na comunicação das empresas e das nações.



Vamos, portanto, entender o que significa um slogan. Slogan, em gaélico ancestral, significa “o grito de guerra de um clã”. Era usado pelos líderes das tribos para estimulá-los antes das batalhas. Com o passar do tempo, o slogan se converteu em palavra de ordem – que podem ser vistos até hoje nas manifestações e passeatas como o clássico “o povo unido, jamais será vencido”. Esse era o slogan de primeira geração que em seguida passou a ocupar espaço de destaque nos antigos cartazes e anúncios. Com intuito político ou como reafirmação das marcas, os slogans ancestrais carregavam consigo a ideia de “grito de guerra”. Depois da segunda grande guerra, com a expansão do capitalismo industrial e global os slogans mudaram de função, passaram a ter a responsabilidade por apresentar as empresas aos novos consumidores, daí ideias como “se é Bayer, é bom” ou “pense forte, pense Ford” que investiam na apresentação e qualificação das empresas.