Socorro Pimentel e Edilson Silva na tribuna da ALEPE |
Por solicitação da deputada estadual Socorro Pimentel
(PTB), a comissão permanente de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa, aprovou uma audiência pública para discutir a situação e atuação
dos serviços prestados pelo plano de saúde HapVida no estado de Pernambuco,
tendo em vista, segundo a deputada, que mais parece um plano de saúde de desassistência,
que está preparado apenas para atender a baixa complexidade.
Na 65ª reunião plenária da ultima terça-feira (12), segundo
Edilson Silva e Socorro Pimentel, os deputados da comissão de cidadania sofreram
uma verdadeira saga para realizar a audiência pública, pois, um arsenal foi montando
para impedir a sua instalação, com portas de auditórios fechadas, servidores se
escondendo, manutenção de sistema de som e na rede elétrica do prédio da Alepe
programadas para o mesmo horário, inclusive, com a retirada da audiência do
site da assembleia da agenda da Casa naquele dia, e ainda, ligações telefônicas
para os convidados, SIMEPE, CREMEPE, ADUSEPS, Comissão de Saúde da OAB, ANS,
Ministério Público de Pernambuco, Ministério Público Federal, Defensoria
Pública, secretários do estado e do município, e o próprio plano de saúde HapVida
para informar que a audiência teria sido cancelada.
Mas, mesmo assim a audiência foi instalada em uma sala
pequena, utilizando-se de um sistema de som de propriedade do deputado Edilson
Silva.
Em aparte, a deputada Teresa Leitão (PT), disse que a
situação era “surreal”, que dava para perceber o constrangimento pelo qual todos
os convidados passavam. Segundo ainda a mesma, “na hora de uma audiência
pública, que o povo vem pra Casa a gente faz uma coisa feia dessas, ..., desse
jeito a gente não está contribuindo em nada para honrar o nome que está ai nas
propagandas institucionais: a Casa de Joaquim Nabuco, a Casa de todos os
pernambucanos, não está sendo nem dos representantes do povo, como é que ela
vai ser à Casa de todos os pernambucanos?”
Segundo o deputado, os depoimentos dos usuários do
HapVida foram terríveis, afirmando os mesmos, que o plano constituiu um sistema
de repasse dos seus pacientes em estado grave para o SUS. É um plano de saúde
suplementar, conectado organicamente com o SUS que está fazendo fortuna, sendo
o maior plano de saúde do estado, e que os deputados estavam proibidos de
tratar desse assunto na Assembleia Legislativa, para que esse plano de saúde
viesse responder minimamente por aquilo que faz e não faz.
A Casa irá agora, convocar o HapVida para prestar
esclarecimentos, uma vez que o convite não foi atendido pelo plano de saúde.