Desde 2007, quase 44 mil pessoas foram assassinadas em Pernambuco. De acordo com levantamento da Secretaria de Defesa Social(SDS), 34.352 vítimas foram mortas por arma de fogo. Isso representa 78,4% do total de homicídios registrados nos últimos 11 anos.
Outro detalhe que chama a atenção: 5.555 pessoas foram assassinadas com armas brancas (em sua maioria, algum tipo de faca). Já 3.896 mortes foram provocadas por outros objetos.
Segundo a SDS, 4.591 pessoas foram mortas em 2007. Já em 2017, dez anos depois, o número subiu para 5.427. Um aumento de 18,2%.
Consequentemente, a estatística de homicídios por arma de fogo também foi crescente. Saltou de 3.804 para 4.535.
Diante desses números, será mesmo que a liberação do porte de arma – como parte da população brasileira deseja – é a melhor solução para frear a violência?
DESIGUALDADE RACIAL
Estudo da SDS, publicado recentemente pelo Ronda JC, apontou que em 2017, de cada 100 homicídios, 95 vítimas foram de cor parda ou negra. O perfil é bCastante semelhante: são homens, com idades acima de 18 anos e que vivem na periferia. Entre as motivações, prevalece o envolvimento com a criminalidade ou conflitos na comunidade.
Do total de homicídios registrados no ano passado, 5.017 vítimas tinham a pele parda – o que representa 92%. Somente 4% foram homens e mulheres de cor branca.
QUASE 10% DAS VÍTIMAS TEM MENOS DE 18 ANOS
Quase 10% das vítimas de mortes violentas em 2017 tinham idade inferior a 18 anos. No total, 509 homicídios de crianças e adolescentes, de ambos os sexos, foram contabilizados em 2017 no Estado. A maioria são moradores de comunidades pobres, com idades entre 14 e 17 anos, que são cooptados para a criminalidade, principalmente para o tráfico de drogas.
(Ronda JC)