quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A CAMPANHA DO VEREADOR: "GARIMPANDO" VOTOS UM A UM


Francisco Ferraz

A campanha do candidato a vereador é muito diferente de todas as demais campanhas eleitorais para outros cargos públicos. Em primeiro lugar porque, para a maioria das pessoas, ela costuma ser o primeiro passo na transição da vida privada para a vida do homem público. Ela tende a ser o canal de acesso ao mundo político. Como tal, para muitos, é uma experiência nova e um aprendizado que os distingue daqueles outros que já passaram pela experiência e que buscam a reeleição.

Em segundo lugar, porque, como regra, são as "primas pobres" das demais eleições. O "grosso" dos recursos é destinado à campanha majoritária para a prefeitura. Espera-se que o candidato a vereador seja capaz de financiar a sua própria campanha, principalmente e, sobretudo, quando disputa sua primeira eleição.
Em terceiro lugar, pela enorme dificuldade de atrair a atenção pública, quando comparada com todas as demais eleições. Tanto as eleições executivas, quanto, em menor medida, as legislativas estaduais e federais, mobilizam mais o interesse e a busca da informação e a atenção do eleitor que a de vereador.

O vereador, tomado isoladamente, e, numa comparação genérica com os demais políticos, é o que menos poder possui. Dessa condição decorre o baixo interesse da mídia, a reduzida cobertura dada pelos seus veículos às atividades dos vereadores, e, em consequência, o baixo nível de informação e interesse do eleitor comum na escolha do seu candidato, e, depois, no acompanhamento de suas atividades.