Francisco Ferraz
Publicado em: 06/07/2015
Publicado em: 06/07/2015
A publicidade
política, para produzir os efeitos que dela se esperam, precisa ser produzida
dentro de modelos narrativos (gêneros) com os quais o público está
familiarizado. Os gêneros são categorias de textos que correspondem a formas
recorrentes da cultura popular. Exemplos mais comuns de gêneros são musicais,
histórias de horror, histórias românticas, sátiras, biografias, documentários,
comédia, etc.
Por serem muito curtos, os espaços políticos precisam ser
acomodados dentro de um ou outro destes gêneros específicos. Isto serve para
que o espectador ou o ouvinte os complete, associando a peça publicitária com
os significados implícitos do gênero utilizado.
Assim, se se trata de uma peça concebida dentro do gênero
horror, certas características típicas dele (como a iluminação e a trilha
sonora), já transmitem para o espectador, de maneira subliminar, informações
que o preparam para receber a mensagem.
Ao introduzir a peça publicitária com a sinalização de que se
trata de um gênero de horror, por exemplo, o espectador (em razão de sua
familiaridade com o gênero) já se condiciona psicologicamente para a mensagem.