Gustavo Müller
Para
quem está no governo, um dos momentos mais difíceis da disputa eleitoral é
suportar os ataques dos oposicionistas à atual administração e ao candidato da
situação. Neste cenário, muitos governantes tendem a forçar a barra para que
seu candidato assuma a defesa do governo, o que pode ser um erro fatal,
sobretudo no horário gratuito de rádio e televisão.
Dependendo da conjuntura que cerca a disputa
eleitoral, o comportamento mais adequado para o governante é não querer entrar
no confronto direto com os adversários. O melhor é deixar essa tarefa para a
equipe de campanha.
Somente o governante tem a consciência real das
dificuldades que enfrentou no governo e dos motivos e valores que orientaram
suas ações. No entanto, em alguns casos a melhor estratégia pode ser a de
distanciar o candidato que representa a situação da imagem do governo,
observando, é claro, alguns critérios importantes.
O primeiro critério é relativamente fácil de ser
analisado. Ele diz respeito a como a população avalia o governo. As pesquisas
de avaliação do governo podem assumir diversas metodologias e seus resultados
podem corresponder aos aspectos gerais da administração, ou a áreas específicas
como, saúde, educação, segurança, emprego, etc. Ainda existem pesquisas mais
detalhadas que avaliam o desempenho do governo por regiões geográficas
distintas.