Previsto para estar em funcionamento a
partir de julho, o Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da
Universidade Federal de Santa Catarina - Fotovoltaica/UFSC, deve atender a uma
das principais demandas para a disseminação da energia solar no país: a
capacitação da mão de obra.
O centro foi
inaugurado na semana passada, em Florianópolis (SC), como parte da programação
do 6º Seminário Energia + Limpa, organizado pelo Instituto Ideal e pela UFSC,
sendo construído com o apoio financeiro do Ministério de Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI).
De acordo com o
professor da UFSC Ricardo Rüther, que está a frente da implantação, apesar da
carência de profissionais capacitados ser muito forte, a energia solar ainda é
o segmento das energias renováveis que mais emprega no mundo. “Junto à busca
constante por soluções que tornem a tarifa para energia solar mais competitiva,
a capacitação é condicionante para o avanço das renováveis. Não é à toa que
países como Índia e EUA investem muito nessa área”, destaca Rüther, que é
também diretor técnico do Ideal.
Iniciado com um
projeto em 2010, o prédio será inteligente, integrando diversas tecnologias
fotovoltaicas. Administração, salas de aula, laboratórios e oficinas serão
distribuídos em dois blocos. O prédio possui uma capacidade total de 100KWp,
sendo que para total funcionamento, o centro utilizará apenas cerca de 60% da
energia gerada. "O restante será direcionado para o campo central na
UFSC”, observa o professor. Cerca de 25 estudantes do Grupo Fotovoltaica da UFSC,
coordenado por Rüther, já estão atuando no local, mas futuramente, quatro
professores e suas equipes poderão usufruir do espaço.
“Sustentabilidade
não é o mesmo que preservação. Um país que não tem como garantir sua
independência no setor energético e que não pensa em desenvolver energias
renováveis está com os dias contados”, afirmou Eron Bezerra, secretário de
Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do MCTI.
Para o secretário,
ensino e pesquisa que desenvolvam tecnologias alinhadas à realidade têm grande
potencial de garantir a sustentabilidade para a população. O papel do governo
neste contexto é estimular pesquisas e fomentar projetos. “Para 2015, temos R$
90 milhões destinados a financiamento, a 3,8% de juros ao mês. Precisamos
estreitar a distância entre o governo, as instituições de pesquisa e ensino e
as empresas privadas para que essa verba seja bem aplicada”.
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