Por Francisco Ferraz
Muitos erros políticos, de grandes e graves consequências, poderiam ser
evitados com um pouco mais de paciência, atenção e serenidade. Dentre
esses, estão os erros desnecessários. É óbvio que todo o erro deve ser evitado,
e que não há erro necessário. Entretanto, erros se cometem, é humano e
inevitável, mais ainda numa campanha.
Há, pois, erros que decorrem de
decisões estratégicas, nas quais, as desvantagens do erro são menores do que as
vantagens possíveis do acerto. São situações em que o político se arrisca,
ousa, e, eventualmente, paga o preço, ou recolhe os lucros da sua ousadia.
Estes são erros "inevitáveis". Decorrem de uma decisão consciente de
assumir um risco, com vistas a um benefício maior.
Existem outros erros, entretanto, que
resultam da precipitação, do descuido, da inexperiência, e da própria
incompetência. Estes erros podem e devem ser evitados. Eles não contêm aquele
potencial de ganho que o erro, numa ação estratégica, possui.
Dentre estes últimos, ofender
a pessoa errada é um dos mais comuns e de conseqüências mais danosas.
Na atmosfera inquieta e nervosa da campanha, circulam muitas informações não
confirmadas, transitam muitos boatos, e chegam-se a conclusões finais sobre
pessoas, com muita precipitação.