Raul Henry fez um diagnóstico
da educação pública brasileira, além de mostrar como é possível melhorar
O vice-governador Raul Henry abriu os trabalhos do segundo
dia do 2º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Associação
Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Centro de Convenções. Na manhã desta
terça-feira (24), Henry proferiu palestra com o título “Educação – base para o
desenvolvimento”.
Ao longo de 20 minutos de explanação, o vice-governador
fez um diagnóstico da educação pública
brasileira, além de mostrar como é possível melhorar, utilizando como exemplo
os melhores sistemas educacionais do mundo.
Segundo Raul, nos últimos anos, houve avanços
inquestionáveis: ampliação da oferta de vagas, criação de sistemas de
financiamento e de avaliação, além de melhoria dos indicadores quantitativos.
“Mas a qualidade avançou muito pouco. Para se ter uma ideia, apenas 26% dos
brasileiros com mais de 15 anos leem uma matéria de jornal e, ao final,
conseguem dizer o que acabaram de ler”, explicou.
O vice-governador colocou, ainda, o apartheid educacional que existe no país entre
os alunos da rede pública e os alunos da rede privada. “Só para citar um
exemplo, apenas 9,3% dos alunos do 3º ano do ensino médio possuem o
conhecimento adequado em Matemática. Desses, 34,7% são de escolas particulares
e apenas 4,9% são de escolas públicas”, destacou.
Vice-governador ao lado do presidente da Amupe José Patriota
Raul Henry questionou o modelo de financiamento da
educação básica brasileira. “Hoje, a União detém a maior parte do bolo
tributário, mas são os estados e municípios que pagam a maior parte da conta da
educação”, colocou.
E acrescentou: “Sugeri aos três últimos ministros da
Educação que o Governo Federal implementasse uma política de suplementação para
melhorar os salários dos professores”.
Para reverter a realidade atual, Henry deu a receita dos
países com os melhores índices educacionais. “Possuem um currículo nacional
claro, com poucos itens e altas expectativas de aprendizagem; recrutam os
melhores alunos para serem professores; pagam bem; têm uma formação inicial de
excelência, um rigoroso estágio probatório, com certificação, e reconhecimento
social.”
Ao final da palestra, o vice-governador percorreu os
vários stands do evento.
Fotos: Eduardo Braga