quinta-feira, 5 de março de 2015

FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS ELEITORAIS


Gustavo Inácio da Luz Nogueira
Com o desgaste do povo após anos a fio de incontáveis casos consumados de sérios problemas em diversos setores do poder público brasileiro, faz-se necessária a discussão acerca de uma reforma política. Mas de que forma iniciá-la? Como tirar esse tema do perfeito campo das ideias e executá-lo de forma eficiente no campo prático? São muitas as possibilidades. Mas tomando como centro da problemática a corrupção, devemos discutir principalmente sobre o financiamento privado de campanhas eleitorais.
Mesmo que esta seja apenas uma parte do problema, penso que é a raiz, e se solucionado teremos grandes avanços no sentido da diminuição de desvios de verbas em benefício de empresas (ligadas a representantes do povo).
O fato de grandes empresas privadas financiarem livremente campanhas partidárias, não é desconhecido pelo povo, e quando digo livremente leiam-se valores exorbitantes e que atingem cifras cada vez maiores a cada eleição. Porém não é visto como um grave problema por grande parte dos eleitores, pois muitos pensam que cada candidato deve bancar sua própria campanha. Mas essa afirmação é contraditória, pois o fato é: quem paga é o setor privado através de doações e imediatamente após a posse do eleito apoiado, este deverá ressarcir (com dinheiro público) àquelas empresas que o financiaram anteriormente. 
Então a partir daí o candidato eleito iniciará as mais curiosas manobras, para pagar a dívida adquirida. E temos então o início de um grande mal que assola a democracia de nosso país, a corrupção, e isso reflete diretamente no cidadão que deixa de receber os benefícios que deveriam ser gerados a partir do pagamento de impostos, que são altíssimos no Brasil.
Em: <http://congressoemfoco.uol.com.br/category/reforma-política/>. Acesso em 29 de novembro de 2014.
Gustavo Inácio
Aluno do 2º período de Direito, ULBRA. 25 anos.