Desde a escravidão, os negros estão
na base da pirâmide social e, os brancos, na parte superior. A escravidão
acabou em 1888, com a Lei Áurea, mas pouca coisa mudou na estrutura social.
O caso em Araripina aconteceu na
ultima quarta-feira (25) dentro de um local público, onde, segundo a vitima, a
ex-vereadora xingou de negra fedida e bajuladora. A vítima registrou um Boletim
de Ocorrência da 24ª Delegacia de Polícia de Araripina e pretende processar a
ex-parlamentar que faz parte de família tradicional de Araripina.
No processo histórico do último
século, os resultados do mecanismo de exclusão dos negros ficaram diluídos, ou
seja, há negros com boas condições de vida, pardos pobres e brancos miseráveis.
No entanto, a estrutura social continua sendo racista. Enquanto os brancos são
excluídos por diferenças de classe, os negros são marginalizados por uma
questão de classe e cor de pele.
Uma medida importante é que a lei
brasileira prevê a prisão por crime de racismo. Essa lei coloca no plano simbólico
(lugar onde o racismo é muito forte) a noção de que ser racista é crime, que os
negros precisam ser respeitados e tiveram força suficiente para que isso fosse
regulamentado.
Só que essa lei só terá efetividade
se for aplicada contra todos, principalmente os ricos e poderosos, que costumam
ser beneficiados pela impunidade.
*Devido o caso ainda não ter sido julgado, não podemos divulgar os nomes da vitima e nem da acusada. Mas, fica o alerta, RACISMO É CRIME.