quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

É NA ADOLESCÊNCIA QUE A GENTE MENTE MAIS

É comum ouvir pais reclamarem dos filhos e mais ainda quando estes estão na fase da adolescência. Como em um passe de mágica, parece que aproximadamente aos quatorze anos a criança, que antes obedecia a quase tudo e tinha a opinião sempre muito parecida com a de seus pais, passa então a ter vontade própria. A casa deixa de ser o centro das atenções e os colegas passam a ter muito mais influência no comportamento do adolescente.
Chega então o momento em que aquela pessoa, que antes era deixada na porta da escola e entrava obedientemente na sala de aula (muitas vezes por medo dos pais e da diretora da escola), descobre que existe a possibilidade de matar aula. Aquela nota baixa é então escondida. Começa a maratona de alguns pais de ter que atender telefonemas da escola locais inusitados, terem de conversar com a orientadora da escola e por aí vai.
Neste momento, alguns pais começam a se questionar em que momento eles erraram na criação. Acreditam que seu filho será para sempre um problema. Procuram todos os tipos de especialistas para ver se encontram uma cura para o estudante, que volte a deixá-lo funcionando como quando ele era uma criança. Porém, o que não percebem é o grito de liberdade que está sendo emitido.
A partir deste momento, a pessoa passa a querer ser escutada. Procura o ambiente onde suas opiniões serão discutidas e também aceitas. Daí, a importância dos amigos, pois eles dão ouvidos uns aos outros. Então, pode-se entender que a mentira não passa de uma forma de lidar com a situação em que sabemos que não seremos escutados. O adolescente irá falar o que os pais querem ouvir, porém, fará outra coisa, enquanto não for escutado dentro da própria casa.
Não que os adultos devam fazer tudo o que os adolescentes querem. Muito pelo contrário, o limite é importante, mas desde que as regras do jogo sejam discutidas claramente.