Fora a disputa no plano mais amplo, que por vezes conta
com ofensivas palacianas e contra-ofensivas partidárias, a corrida pela
presidência da Câmara dos Deputados envolve uma rotina que em nada fica devendo
para eleições majoritárias.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP)
e Júlio Delgado (PSB-MG) investem em encontros com aliados e adversários,
viagens pelo Brasil, confecção de material de campanha e muita saliva para
tentar convencer seus colegas deputados de que cada um deles é a melhor alternativa
para os próximos dois anos.
Em jogo, o controle da pauta de votações da Câmara,
a coordenação das discussões sobre comissões e o peso de uma posição que, no
modelo presidencialista brasileiro, pode vir acompanhada da capacidade de
engessar a governabilidade do chefe do Executivo.