Por Júlio
Ottoboni
O ano de 2015 começou
escaldante, numa continuidade do anterior, marcado como o mais quente do
planeta desde 1880, quando a temperatura da Terra começou a ser registrada. A
imprensa noticiou os boletins da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica
(Noaa) e da Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), ambas dos
Estados Unidos, com a superficialidade de sempre. Imobilizada para as grandes
discussões e a embotar a gravidade da questão.
A mídia ainda abortou, tal qual o tamanho de sua incompetência
em assunto que foge da trivialidade, a parte mais relevante do comunicado das
duas mais importantes agências climatológicas do mundo. Os anos serão cada vez
mais quentes e essa é uma tendência contínua, um aquecimento de longo prazo do
planeta, de acordo com a análise de medições de temperatura da superfície
terrestre feita pelos cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da
Nasa.
Neste momento, melhor creditar isso à incompetência que a
motivos escusos. O Brasil sofre diretamente os efeitos de uma mutação climática
ainda desconhecida pela sociedade tecnológica moderna. Entretanto, temos como
ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, se declara cético
quanto ao aquecimento global. E reafirma a todo momento sua posição,
estranhamente alinhada aos grupos que ele mesmo, comunista, definia como de
extrema direita e a serviço do capitalismo selvagem.