quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

A IMPRENSA SE REFRESCA E ESVAZIA O SENSO CRÍTICO

Por Júlio Ottoboni 
O ano de 2015 começou escaldante, numa continuidade do anterior, marcado como o mais quente do planeta desde 1880, quando a temperatura da Terra começou a ser registrada. A imprensa noticiou os boletins da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa) e da Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço), ambas dos Estados Unidos, com a superficialidade de sempre. Imobilizada para as grandes discussões e a embotar a gravidade da questão.
A mídia ainda abortou, tal qual o tamanho de sua incompetência em assunto que foge da trivialidade, a parte mais relevante do comunicado das duas mais importantes agências climatológicas do mundo. Os anos serão cada vez mais quentes e essa é uma tendência contínua, um aquecimento de longo prazo do planeta, de acordo com a análise de medições de temperatura da superfície terrestre feita pelos cientistas do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da Nasa.
Neste momento, melhor creditar isso à incompetência que a motivos escusos. O Brasil sofre diretamente os efeitos de uma mutação climática ainda desconhecida pela sociedade tecnológica moderna. Entretanto, temos como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, se declara cético quanto ao aquecimento global. E reafirma a todo momento sua posição, estranhamente alinhada aos grupos que ele mesmo, comunista, definia como de extrema direita e a serviço do capitalismo selvagem.