Faltando poucas semanas para o início
da competição, segundo a revista, crescem os protestos contra a corrupção,
desperdício de dinheiro público e contra a Copa do Mundo da FIFA.
Segundo a revista, há ameaças de
greves e riscos de distúrbios. O repórter Jens Güsling fala sobre o noticiário
repleto de cenas de violência. A revista destaca a destruição recente de 400
ônibus no Rio e os protestos dos sem-teto que bloqueiam o trânsito em São Paulo
e outras manifestações do gênero em várias capitais.
A revista narra também o clima de
descontentamento com a situação econômica, a insegurança, o atraso das obras de
infraestrutura, educação e saúde.
O gasto de R$ 10 bilhões com 12 novos
estádios também é citado na revista, que destava a previsão de lucro de R$ 10
bilhões da Fifa, sendo R$ 6,5 bilhões com direitos de transmissão e R$ 3,5
bilhões venda de direitos de imagem.
O escritor mineiro Luiz Ruffato,
entrevistado pela Der Spiegel, fala sobre o uso político da Copa em ano de
eleição.“Assim como na ditadura em 1970, assim é agora. No começo se dizia que
a Copa do Mundo da FIFA traria muitos benefícios para o povo e para as
cidades-sede porque haveria grandes investimentos na infraestrutura. Agora
vemos que praticamente não houve investimentos em infraestrutura, mas em
compensação foram construídos estádios que ninguém precisa, que o dinheiro
público foi desperdiçado e que houve oportunidade para mais corrupção.”
