As doações de empresas para o custeio
das atividades partidárias do PSB dispararam no ano passado, quando o então
governador de Pernambuco, Eduardo Campos, já se movimentava para se lançar
candidato à Presidência. O diretório nacional do PSB recebeu um total de R$ 8,3
milhões de empresas em 2013. Em 2011 e 2009, anos em que também não houve
eleições, a arrecadação havia sido zero, segundo as prestações de contas
entregues à Justiça Eleitoral.
Quase 90% dos recursos destinados ao
partido de Campos saíram de empreiteiras. As maiores contribuições foram da
Construtora Triunfo (R$ 1,5 milhão) e da OAS (R$ 1,55 milhão). A única doação
do setor financeiro foi do Banco BMG (R$ 500 mil).
Se as empresas passaram a dar mais
importância ao PSB no ano passado, a atenção ainda é muito menor que a
destinada ao PT. O partido da presidente Dilma Rousseff arrecadou quase R$ 80
milhões de pessoas jurídicas no ano passado. Em 2011, o volume arrecadado pelos
petistas foi bem menor: cerca de R$ 50 milhões, sendo que R$ 22,7 milhões
estavam vinculados às eleições ocorridas no ano anterior – eram, portanto,
contribuições de campanha, e não destinadas unicamente ao financiamento das
atividades partidárias.
No PT, assim como no PSB, as
empreiteiras dominam a lista de doadores. Cerca de 88% dos recursos doados aos
petistas no ano passado saíram do setor da construção. Os dados constam dos
relatórios que os partidos são obrigados a entregar ao Tribunal Superior
Eleitoral, anualmente, até 30 de maio. Os dados referentes ao PSDB ainda não
foram publicadas no site do tribunal.
