FUNDO SOBERANO, GARANTIA DE FUTURAS
GERAÇÕES, TEM DESEMPENHO RUIM NOS PRIMEIROS ANOS
Pouco
depois do anúncio de que o Brasil possuía enormes reservas de petróleo no
pré-sal, a milhares de quilômetros embaixo do Oceano Atlântico, o governo
brasileiro criou em 2008, ainda sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva,
um Fundo Soberano para aplicar os recursos obtidos com a exploração e, assim,
garantir que as futuras gerações de brasileiros se beneficiarão dessa riqueza
finita.
Segundo reportagem de Tatiana
Bautzer publicada nesta segunda-feira pelo site Exame.com, o tal
fundo soberano começou perdendo dinheiro. De acordo com o site, dos R$ 14
bilhões destinados pelo governo para dar início ao fundo, R$ 12 bilhões foram
aplicados em compra de ações da Petrobras. O fundo pagou R$ 29,65 por ações
ordinárias e R$ 26,30 por ações preferenciais da companhia e passou a ter o equivalente
a 3,9% do capital da companhia.
Entretanto, as ações da Petrobras perderam
cerca de 40% de seu valor nos dois anos seguintes e, mesmo assim, a Secretaria
Nacional do Tesouro, sob o comando de Arno Augustin e responsável por gerenciar
o fundo, decidiu vender as ações na baixa, jogando na lata do lixo R$ 4,4
bilhões.
Segundo Exame.com, os recursos obtidos com a
venda das ações da Petrobras em baixa foram necessários para o Tesouro cumprir
a meta de superávit fiscal de 2012. Só para lembrar: no final daquele ano o
governo federal, já sob a administração da presidente Dilma Rousseff, realizou
uma série de manobras contábeis para fechar suas contas, no que ficou conhecido
como ‘contabilidade criativa’.
Fonte: Exame.com