Na tarde de 28 de outubro de 1906, um trágico acidente
de trem em Nova Jersey, mudaria para sempre a história da comunicação moderna.
Naquele dia, os funcionários da Pennsylvania Railroad, uma das maiores empresas
de transporte ferroviário dos Estados Unidos, foram surpreendidos com a
informação de uma grande colisão que deixara mais de 50 passageiros mortos. Em
um primeiro momento, para preservar a imagem da companhia a decisão da empresa
foi de não divulgar o fato. Mas nada segura uma notícia, e naquela época não
era diferente.
Horas após o desastre, o telefone da empresa não parava
de tocar. Eram os jornalistas em busca de uma confirmação do acidente por parte
da empresa. Foi então que Ive Lee, responsável pela comunicação da companhia,
convenceu os executivos da Pennsylvania Railroad que era hora de falar.
Depois de uma breve reunião, Lee foi para sua mesa e
tratou de escrever em um papel todos os detalhes do acidente para, depois,
enviar o comunicado aos repórteres. Nascia ali o primeiro press release.
Aos longo de mais de 100 anos, o uso do press release como ferramenta de comunicação entre empresas e jornalistas se manteve firme e forte e passou a ser usado não só de forma reativa, mas também como meio eficaz de as companhias conseguirem espaço espontâneo, não pago, nos veículos de imprensa para divulgar suas iniciativas e atingir o público em geral.
Hoje em dia não funciona mais assim. Com popularização
das redes sociais e de diversas plataformas online, o jornalista deixou de
figurar como único intermediário entre uma companhia e o seu respectivo target.
Nos dias atuais, é
necessário ter assessores de comunicação online infiltrados em redes sociais
para passar informações e até mesmo vender a imagem da empresa ao grande
público.
