O Governo de Pernambuco reduziu, de
forma extremamente arbitrária, o repasse de combustível para as viaturas da
Polícia Civil. O valor, que antes girava em torno de R$ 600 + cota extra quando
necessário, foi alterado para R$ 300, sem cota extra.
Isso quer dizer que, apesar de ter
viaturas novas – locadas em benefício de empresas privadas, os policiais não
terão combustível suficiente para realizar, até o final de um mês, operações
policiais como investigações, prisões, intimações, condução de presos, entre
outras. Enquanto o governador se vangloria pela locação de viaturas 0 km,
computadores e impressoras, policiais civis ficam de mãos atadas, com
viaturas sem combustível.
Talvez, o Governo esteja pensando em
lançar um programa de incentivo à utilização de viaturas sustentáveis pela
polícia civil, com a locação de meios de transporte alternativos, como
bicicletas, skates e patins. Se esta não for a explicação, a única resposta
plausível para essa postura seria mesmo o fato de a sociedade civil nunca ter
sido a prioridade deste governo egoísta, que briga pelos interesses próprios.
Por onde anda o Pacto pela
Vida? O Pacto tão anunciado pelo Governo está
beneficiando a todos que dele fazem parte, menos a sociedade civil – que
deveria ser o foco principal das ações do Estado. A preocupação com a segurança
social, como se vê, está em segundo plano. A prioridade absoluta do governo é
mesmo “economizar” em benefício de ações “mais importantes” para eles próprios.
Fardamento de viaturas - A
redução do repasse para o combustível das viaturas é só um exemplo em meio a
tantas outras medidas drásticas que vêm sendo tomadas pela Administração
Pública. O “fardamento” das viaturas da Polícia Civil é outro ponto polêmico. A
decisão afeta profundamente o resultado das investigações, pois é impossível
diligenciar em busca da autoria delitiva com uma viatura da polícia
propriamente dita.
O Movimento Independente dos Policiais
Civis de Pernambuco (MIPC/PE) manifesta por meio desta nota a sua profunda
indignação em relação a todas essas atitudes de desrespeito ao trabalho dos
policiais civis. É urgente a necessidade de se mudar os rumos da “maquiada”
política de segurança pública de Pernambuco.
Da
Ascom MIPC/PE