Por Ramon Cotta
Comemorado em 03 de maio, o Dia
Mundial da Liberdade de Imprensa é uma oportunidade para avançar no debate
sobre a censura nos meios de comunicação. A data é inspirada na Declaração
Universal dos Direitos Humanos e tem o objetivo de mostrar a necessidade de
independência da mídia como princípio da democracia.
A professora do curso de Jornalismo
da UFOP, Juçara Brittes, explica que liberdade de imprensa é essencial para a
prática do direito à comunicação, porém ressalta que isso não significa que
se pode dizer e publicar tudo o que vem à mente. ‘‘É preciso ter
responsabilidade com as informações, que devem ser corretas e verdadeiras.
Elas não podem ferir a intimidade das pessoas, nem sua honra e nem outros
direitos elementares’’, conta.
Juçara afirma que a censura prejudica
de todas as maneiras a sociedade e relega as pessoas a um estado de
ignorância. ’’Sem informação não há elementos para formar opiniões, para a
tomada de atitudes, para escolhas lúcidas’’, explica.
A professora destaca que as
universidades têm a obrigação de formar jornalistas comprometidos com a
verdade, com a sociedade e não com fornecedores ou patrocinadores. ‘‘É
preciso exigir que o estudante saiba escrever, porque de nada adianta uma
consciência aberta, se não se sabe transmitir por meio da palavra, que é
nossa principal ferramenta. Atentando para a ética, o resto é decorrência.’’
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