sexta-feira, 22 de março de 2013

CONSELHOS ÚTEIS SOBRE COMO LIDAR COM SEUS SUPERIORES E COMO LEVAR A MÁ NOTÍCIA



Assessores e auxiliares necessitam do timing certo e de uma sensibilidade precisa para alcançarem uma vida profissional coroada de sucesso.
Senso de timing e sensibilidade são atributos necessários para uma vida pessoal e profissional produtiva e coroada de sucesso. É claro que, isoladamente, tais virtudes não bastam. São razões indispensáveis, mas não suficientes.


O senso de timing é fundamental


É preciso agregar a elas o conhecimento, a disposição para o trabalho, a objetividade, o talento, a criatividade, a responsabilidade e o que mais for útil e essencial ao bom desempenho.
O TIMING

"Timing" significa a "propriedade e sabedoria de escolher o momento certo para praticar uma ação".
Respeitar o "timing" certo equivale a reconhecer que nem todos os momentos são iguais. Que os há mais favoráveis àquela ação, assim como mais desfavoráveis.
O conceito de "timing", como foi exposto, aplica-se a uma grande variedade de áreas. Aplica-se aos negócios, às profissões, às relações amorosas, à guerra, e, por certo, à política.
Este é um conceito que ingressou na linguagem política brasileira, embora seja um anglicismo, e é usado e entendido de maneira praticamente universal.


Sensibilidade é um atributo mais ligado à forma de dizer ou fazer do que ao que se diz ou se faz

A escolha do momento certo de levar as informações é crítica e decisiva. Você não vai querer levá-la num momento de festa e alegria, quando ele está descontraído e se divertindo. Sua revolta será dupla: você estragou a festa dele e atirou-lhe uma má notícia.

Também você não vai querer levar a notícia num momento em que ele está nervoso, tenso, apressado, impaciente, mesmo que o tema da conversa esteja relacionado com a notícia. O momento certo sempre será aquele em que ele se encontra emocionalmente equilibrado, calmo, reflexivo, dispondo de tempo para absorver o impacto, de preferência numa conversa a dois e distante de seu gabinete.
HÁ VÁRIOS ESTILOS INADEQUADOS E INFELIZES DE FAZER A COMUNICAÇÃO:
·         O estilo "Hitchcock" - Segue o roteiro do mestre do suspense. A notícia é antecipada por uma introdução que tem o poder de aumentar a curiosidade e a ansiedade, sem nunca se revelar, até o momento do susto.

·         O estilo "balde de água fria" - A notícia é comunicada de forma abrupta, sem qualquer preparação. É semelhante a uma edição extraordinária de um telejornal, e haja coração....

·         O estilo "enrolador" - Neste caso a história é longa, começa sem relação com o fato a ser comunicado, se arrasta, ora se aproximando do assunto, ora dele se afastando. O desfecho pode ser paradoxal. O político pode encerrar a conversa por parecer-lhe irrelevante (tanto o assunto foi escondido), ou pode colocar seu auxiliar "contra a parede" e exigir que fale afinal do que quer contar-lhe. Em ambos os casos o que vai receber como resposta será o "balde de água fria".


·         O estilo "protetor" - Os cuidados ao narrar a história, que contém a notícia, cercam-se de tantos atenuantes, sua gravidade é minimizada além do que o fato permite, de tal forma que a conclusão muitas vezes exteriorizada é: "afinal foi melhor que acontecesse".

·         O estilo "eu não disse?" - Este, além de infeliz, é extremamente antipático. Desloca o centro das atenções do líder para o auxiliar. Ingenuamente, muitos assessores acreditam que, ao relembrar seu chefe de que o havia advertido com antecedência, está dando provas de sua competência e qualificação. Longe disso, é percebido como inconveniente, grosseiro, arrogante, e, por cima de tudo, duplamente culpado. Já que sabia da possível ocorrência, deveria ter insistido mais, deveria ter evitado.