Assessores e auxiliares
necessitam do timing certo e de uma sensibilidade precisa para
alcançarem uma vida profissional coroada de sucesso.
Senso de timing e
sensibilidade são atributos necessários para uma vida pessoal e profissional
produtiva e coroada de sucesso. É claro que, isoladamente, tais virtudes não
bastam. São razões indispensáveis, mas não suficientes.
O senso de timing é fundamental
É preciso agregar a elas o conhecimento, a
disposição para o trabalho, a
objetividade, o talento, a criatividade, a responsabilidade e o que mais
for útil e essencial ao bom desempenho.
O TIMING
"Timing" significa
a "propriedade e sabedoria de escolher o momento certo para
praticar uma ação".
Respeitar o "timing" certo
equivale a reconhecer que nem todos os momentos são iguais. Que os há mais
favoráveis àquela ação, assim como mais desfavoráveis.
O conceito de "timing", como
foi exposto, aplica-se a uma grande variedade de áreas. Aplica-se aos negócios,
às profissões, às relações amorosas, à guerra, e, por certo, à política.
Este é um conceito que ingressou na linguagem
política brasileira, embora seja um anglicismo, e é usado e entendido de
maneira praticamente universal.
Sensibilidade é um atributo mais ligado à forma de dizer ou fazer do que ao que se diz ou se faz
A escolha do momento certo de
levar as informações é crítica e decisiva. Você não vai querer levá-la num
momento de festa e alegria, quando ele está descontraído e se divertindo. Sua
revolta será dupla: você estragou a festa dele e atirou-lhe uma má notícia.
Também você não vai querer levar a notícia num
momento em que ele está nervoso, tenso, apressado, impaciente, mesmo que o tema
da conversa esteja relacionado com a notícia. O momento certo sempre será
aquele em que ele se encontra emocionalmente equilibrado, calmo, reflexivo,
dispondo de tempo para absorver o impacto, de preferência numa conversa a dois
e distante de seu gabinete.
HÁ VÁRIOS ESTILOS
INADEQUADOS E INFELIZES DE FAZER A COMUNICAÇÃO:
·
O estilo "Hitchcock" - Segue
o roteiro do mestre do suspense. A notícia é antecipada por uma introdução que
tem o poder de aumentar a curiosidade e a ansiedade, sem nunca se revelar, até
o momento do susto.
·
O estilo "balde de água fria"
- A notícia é comunicada de forma abrupta, sem
qualquer preparação. É semelhante a uma edição extraordinária de um telejornal,
e haja coração....
·
O estilo "enrolador" - Neste
caso a história é longa, começa sem relação com o fato a ser comunicado, se
arrasta, ora se aproximando do assunto, ora dele se afastando. O desfecho pode
ser paradoxal. O político pode encerrar a conversa por parecer-lhe irrelevante
(tanto o assunto foi escondido), ou pode colocar seu auxiliar "contra
a parede" e exigir que fale afinal do que quer contar-lhe. Em
ambos os casos o que vai receber como resposta será o "balde de
água fria".
·
O estilo "protetor" - Os
cuidados ao narrar a história, que contém a notícia, cercam-se de tantos
atenuantes, sua gravidade é minimizada além do que o fato permite, de tal forma
que a conclusão muitas vezes exteriorizada é: "afinal foi melhor
que acontecesse".
·
O estilo "eu não disse?" - Este,
além de infeliz, é extremamente antipático. Desloca o centro das atenções do
líder para o auxiliar. Ingenuamente, muitos assessores acreditam que, ao
relembrar seu chefe de que o havia advertido com antecedência, está dando
provas de sua competência e qualificação. Longe disso, é percebido como
inconveniente, grosseiro, arrogante, e, por cima de tudo, duplamente culpado.
Já que sabia da possível ocorrência, deveria ter insistido mais, deveria ter
evitado.