terça-feira, 26 de março de 2013

AINDA É CEDO PARA A CAMPANHA, MAS NÃO É CEDO PARA COMEÇAR


Por que é muito cedo para fazer a campanha?

Em primeiro lugar, por causa da lei. No Brasil, a lei define com precisão o período de campanha. Ele chega, após os períodos, que também são legalmente determinados, de registro de candidatura junto ao partido, que, por sua vez, depende de convenção partidária prévia e homologação formal pelo Tribunal Eleitoral. Assim, ainda que por decisão pessoal você seja já um candidato, formalmente não o é, e como tal não pode se apresentar nem colher fundos para a campanha.
Em segundo lugar, por razões políticas e não legais, não é este o momento de fazer campanha. O eleitor ainda não está focado na eleição - que a ele parece um acontecimento remoto - e não vai se interessar por campanhas, candidatos e propostas.
Também a mídia não vai dar destaque à eleição agora, com tanta antecedência. Ela tem outras pautas a cobrir, que são mais atuais e atraentes, sobretudo as novas administrações e legislativos municipais. Portanto, é cedo para fazer campanha, mas como alerta o título desta coluna, não é cedo para começar a preparar a sua campanha.

Por que não é cedo para começar a preparação?

Antes de tudo, pela simplória razão que este é o único período em que pode-se dizer que "sobra tempo". Como as atividades que mais consomem tempo não podem ser realizadas agora, há uma sobra de tempo que deve ser bem aproveitada pelo candidato precavido.
Quando a campanha começar, esta "sobra" vai desaparecer por completo e ser substituída por um "déficit" permanente que não mais poderá ser resolvido. Não esqueça que numa campanha pode se comprar tudo menos o tempo.
Se, na ocasião da campanha, sofrendo o drama do "déficit", você perceber que está perdendo tempo, fazendo o que poderia ter feito antes dela começar, não apenas você vai se sentir culpado, como merece sentir-se assim. Então será tarde demais e você terá que desviar o limitado tempo que dispõe para o contato com o eleitor para se dedicar a fazer aquilo que podia ter feito meses atrás.