Por Marcelo Gonzatto | marcelo.gonzatto@zerohora.com.br
Os problemas da
educação brasileira extrapolam os limites da sala de aula. O desempenho pífio
revelado em avaliações internacionais se deve a uma combinação de falhas de
educadores, governantes e famílias, na opinião de especialistas. Essas
deficiências incluem erros de gestão, falta de recursos e pouca cobrança social
por resultados que façam jus ao atual peso econômico e político do Brasil.
O desafio de
alcançar um ensino de qualidade foi eleito o tema da nova campanha
institucional do Grupo RBS,
deflagrada na terça-feira sob o slogan A Educação Precisa de Respostas. Para investigar quais
são os principais nós que comprometem a aprendizagem no país e descobrir como
desatá-los, uma série de reportagens em rádios, tevês e jornais vai responder a
questionamentos concretos sobre o atual cenário da educação nacional.
A primeira dessas
perguntas é como pode um país que alcançou a sexta posição entre as maiores
economias do planeta ostentar um constrangedor 88º lugar em um ranking mundial
publicado pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no ano passado. As respostas,
oferecidas por especialistas nacionais na área, resumem os principais entraves
ao avanço educacional brasileiro.
Superados estes
obstáculos, o país poderia experimentar nos próximos anos um acréscimo de
qualidade significativo nas escolas e vencer um atraso histórico.
— Temos de
levar em conta que começamos a nos preocupar com educação com quatro, cinco
séculos de atraso em relação a outros países. É impossível recuperar isso do
dia para a noite, mas temos de investir melhor para não perdermos mais tempo —
observa o economista Claudio de Moura Castro.