Prefeito Lula Sampaio baixou decreto marcando a 2ª Conferencia da Juventude para o dia 19 de Agosto, mas até agora não vimos nenhuma divulgação da programação na cidade.
As conferências de juventude deveriam ser algo fundamental para o poder executivo identificar quais são as reivindicações dos jovens araripinenses e através delas, priorizar e executar as políticas voltadas para eles.
No entanto, além de ter baixado o decreto no ultimo dia do prazo, aos 47 do segundo tempo, e por um esforço do vereador Evilásio Mateus, juntamente com Vicente Alencar conseguiram preparar o decreto a tempo, deixando pronto somente para o prefeito Lula Sampaio assinar, determinando que o dia 19 de Agosto será o dia da realização da conferencia da juventude em Araripina.
O problema é que ainda não divulgaram a programação da Conferencia, até agora só sabemos que será no dia 19 de Agosto porque obtivemos uma copia do Decreto, mas a programação em si, como local, horário, convites para as entidades, não sabemos absolutamente nada.
Os jovens têm o direito de dispor de bens e serviços não adquiridos por relações de mercado, já que o seu tempo deveria estar dedicado aos estudos e formação ética e intelectual.
Assim, discutir políticas públicas para juventudes é construto da democracia e responsabilidade social com a sustentabilidade da civilização, ou com gerações, que no presente, se fazem gerações futuras reconhecendo-se que na juventude se anunciam as gerações seguintes.
Contudo, tal discussão deve ultrapassar a lógica do senso comum pela qual se considera políticas públicas como um elenco de programas. Falta aprofundar mais os debates sobre perspectivas políticas em relação aos jovens. Não se encontram políticas públicas para juventude em Araripina, predominando ações no varejo, ou seja, existem programas isolados do governo federal, mas que não contemplam a diversidade dos beneficiários em termos de geração e não possuem uma orientação universalista.
O desafio é refletir sobre políticas públicas de, para e com juventudes, levando em conta uma série de complicadores que envolvem esta temática e a diversidade de direitos humanos dos jovens - sociais, civis, políticos e culturais.
O debate sobre políticas com juventudes, considerando que os próprios jovens deveriam reivindicar direitos, passa pela formação política dos jovens no sentido de aprender a zelar pela coisa pública, acompanhar e cobrar a ação do Estado - exercício de cidadania civil e política, monitorizando o uso da coisa pública.
Os jovens, principalmente se pobres e negros, são os “sujeitos perigosos”, perigo este ligado à sua classe e idade. Tal perspectiva é mais comum nas notícias e estudos sobre violências e drogas. Mas também é presente quando se focaliza os jovens a partir de seus mais altos índices de desemprego. Por outro lado, são poucas as referências às cidadanias ou direitos negados aos jovens, como o do exercício do brincar, divertir-se, se informar e se formar culturalmente, assim como de re-inventar linguagens próprias.