quinta-feira, 30 de junho de 2011

Parece que a Liberdade de Imprensa ainda não chegou em Araripina

Anos de truculência, silêncio e repressão. A imprensa enfrentou-os com bravura, mesmo tendo que afrontar todo um sistema pré-estabelecido de poder. Os anos da ditadura militar serviram para fortalecer o ideal de liberdade e democracia pregado pela grande máquina da informação (Mas em Araripina, a imprensa ainda enfrenta truculências de políticos desavisados com dna de ditador).

Os políticos sabem que conhecimento é poder. Isso justifica as ressalvas em relação à imprensa na internet, principalmente aqui no Casa de Abelha: O Blog representa a busca pela verdade e fornece à opinião pública as informações necessárias para que esta possa se defender e exigir seus direitos junto àqueles que elegeu.
Em Araripina e no Brasil, cientes do "perigo" que uma informação-chave representa ao ser divulgada, os políticos estabeleceram a censura prévia. Todo e qualquer tipo de notícia deveria passar pelo crivo de censores, sendo barrada quando detectada alguma hostilidade. Durante os "anos de chumbo", chegou-se a criar um Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) para executar essa tarefa.

Atualmente, é importante lembrar que, apesar dos pesares, os meios de comunicação têm o direito e o dever de manter-nos informados. A custo da vida de muitos "desertores", podemos ter a certeza de que uma imprensa séria e investigativa depende dos próprios veículos de informação, já que, ao menos na teoria, a lei os ampara incondicionalmente.

A Liberdade de Imprensa é o direito dos profissionais da mídia de fazer circular livremente as informações. É um pressuposto para a democracia. O contrário dela é a censura, própria dos governos ditatoriais, mas que, às vezes, acaba ressurgindo, mesmo nos governos ditos democráticos.

Entretanto, ser livre não quer dizer desrespeito a liberdade de cada um. Por isso, a imprensa além da liberdade, precisa de ética para evitar que fatos sejam divulgados sem a devida apuração, podendo prejudicar imagens - sejam de pessoas ou de instituições - que jamais serão moralmente reconstruídas. A força de uma divulgação errada é bem maior do que de um direito de resposta.