quarta-feira, 30 de março de 2011
O ADVOGADO, O CLIENTE E... A AMNÉSIA!
Gestão da carteira de clientes é um tema fundamental no dia a dia das grandes empresas. Mas como os escritórios de advocacia cuidam dessa importante questão? Existem milhares de escritórios de advocacia no Brasil. Tem para todos os gostos.
Fazendo uma análise superficial, poderíamos segmentá-los em “escritórios” de um advogado só, com uma relação personalíssima (às vezes até familiar) com seus clientes; pequenas sociedades, onde os advogados conhecem muito bem seus clientes e participam ativamente de todo o processo; os médios, em que cada sócio supervisiona o andamento dos processos e contratos envolvendo interesses de seus clientes, com participação um pouco menor na elaboração desses documentos; e os grandes escritórios, em que muita coisa costuma acabar na mão de advogados juniores e plenos (às vezes até dos estagiários prodígios), cabendo aos seniores um papel de revisão e controle das operações, e aos sócios uma função de gerenciar o relacionamento com os clientes, participando de reuniões e executando funções administrativas.
POR QUE A MEMÓRIA DO SER HUMANO TEM SE TORNADO, A CADA DIA, MENOS CONFIÁVEL?
Pois bem. A verdade é que todos eles, independente do porte, poderiam se beneficiar de uma prática administrativa conhecida como CRM (Customer Relationship Management), que trata, como o próprio nome diz, do gerenciamento da relação com o cliente. Para qualquer um dos casos que citei podemos entender que alguém, seja o estagiário, o advogado que atua sozinho ou o sócio que tem que tratar com o diretor jurídico da empresa, terá que armazenar as informações relativas a um cliente, sua relação com o escritório e o andamento de suas lides ou operações em algum lugar. O problema é que em muitos casos esse lugar é a memória que, como é bem sabido, nem sempre pode ser considerada confiável – ainda mais com a correria dos prazos das operações e processos judiciais.
