segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Expectativas trabalhistas no Novo governo Dilma


O que podemos esperar de substancioso em assunto trabalhista do governo Dilma, herdeira de líder sindical sobre o qual se depositara tanta expectativa em temas de relevância trabalhista? Ao lembrar o quanto se esperou do governo do presidente Lula e o quanto foi capaz de introduzir de novidade nas relações trabalhistas, considerando o compromisso histórico de líder sindical, embora esperançosos de que temas de interesse ocupem as discussões no Planalto, resta-nos apenas expectativa para o governo da presidente Dilma.

No governo antecessor, a reforma da legislação sindical não passou de uma saída política para prestigiar as centrais sindicais e nem se tratou de reforma sindical porque as centrais não adquiriram o status de representação sindical, mudança que exigiria emenda constitucional. Ficamos na extensão para as centrais de benefícios generosos de contribuição sindical, sacrificando a intimidade ideológica dos empregados, assemelhando-se a ato de arbitrariedade incomum em regimes democráticos. Quanto às demais reformas introduzidas na CLT, o governo Lula pouco trouxe de novidade que possa ser qualificada de transformadora nas relações trabalhistas. Caminhou de lado e as alterações esperadas não vieram.

A ERA VARGAS ESTÁ DE VOLTA? O POVO GOSTA... AFINAL, AQUILO QUE O OS OLHOS NÃO VEEM... O BOLSO PENSA QUE NÃO SENTE

Para o governo da presidente Dilma, seguindo a mesma toada, poderíamos afirmar que não deveríamos esp erar muita coisa porque, embora cortejada pela centrais sindicais, tudo leva a crer que vamos seguir privilegiando o histórico sindicalismo da era Vargas, cujo monopólio de representação única faz da liderança sindical autoridade paralela e, em alguns casos, com utilização de poderes arbitrários.