Evento reuniu filiados de norte a sul do país na Assembleia Legislativa de SP
O 1º Congresso do Partido Pátria Livre (PPL), realizado domingo (30), na Assembleia Legislativa de São Paulo, reuniu centenas de filiados de todo o país para a eleição do diretório nacional da nova legenda, criada no dia 21 de abril em ato na capital paulista. Além de lideranças políticas do partido em vários estados brasileiros, representantes de entidades e movimentos sociais compareceram ao evento. O deputado estadual Vicente Cândido (PT/SP) representou o Partido dos Trabalhadores no ato.
A eleição do diretório e da executiva nacional, precedida pela realização de congressos regionais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Goiás, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, completou a fase inicial de estruturação do PPL para obtenção do registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além dos congressos nestes nove estados, Mato Grosso realizou seu em data concomitante com o nacional.
O presidente da executiva nacional eleita no congresso, Sérgio Rubens de Araújo Torres, abriu o evento detalhando as propostas do partido para que o Brasil enfrente os efeitos da crise dos países imperialistas de forma soberana, fortalecendo sua independência (leia matéria nesta página). Ele reafirmou que, para atingir esse objetivo, o programa da agremiação focaliza centralmente a necessidade de serem adotadas medidas de estímulo ao mercado interno e “tratamento preferencial do Estado às empresas genuinamente brasileiras, tanto nos financiamentos quanto nas encomendas”.
Vários dirigentes da nova legenda usaram a palavra, reafirmando que a tarefa central do partido é levar a nação à conquista efetiva da independência nacional, livrar a economia do domínio dos monopólios – principalmente estrangeiros – que estrangulam o progresso do Brasil e garantir o controle soberano sobre as riquezas naturais do país, como as reservas de petróleo descobertas na camada pré-sal. “A luta pelo pré-sal condensa interesses estratégicos importantíssimos para o nosso desenvolvimento econômico”, ressaltou Miguel Manso, membro da executiva nacional e presidente do PPL no Estado de São Paulo.
“Não existe povo independente enquanto as riquezas do seu subsolo – e nós temos com abundância – estiverem a serviço de monopólios estrangeiros. Não vamos ser uma nação independente, enquanto mulheres, crianças e meninos dormem nas ruas. Nós vamos ter uma pátria livre quando o brasileiro viver com dignidade, com trabalho, salário justo e com orgulho de ser brasileiro porque aquilo que aqui temos em abundância está sendo usado em benefício do nosso povo”, afirmou Osvaldo Lourenço, presidente do Sindicato dos Aposentados da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Com mais de 80 anos, o sindicalista lembrou emocionado da campanha “O petróleo é nosso”, que mobilizou o país na década de 1950.
Com a presença de 134 delegados, o congresso elegeu um diretório nacional composto de 123 integrantes. A executiva do PPL foi homologada, com 28 cargos efetivos e dez suplentes. Também foram eleitos os membros Conselho Fiscal e da Comissão de Ética, com três efetivos e três suplentes em cada caso. Os filiados e ativistas aprovaram por aclamação o estatuto, o programa e decidiram intensificar a campanha de coleta das 500 mil assinaturas em todo o país.
WALTER FÉLIX