EDITORIAL
No que diz respeito à política, a traição configura-se como uma constante, um prato principal no banquete de estratégias para conquistar, manipular e, por vezes, ludibriar o eleitorado. Aqui, os bastidores são reveladores de uma realidade onde o peixe traíra, com suas espinhas ocultas e perigosas, tornou-se ingrediente essencial de um jogo político no qual, absurdamente, muitos parecem desfrutar, desprezando os espinhos éticos obscuros.
Esta normatização do ato de trair converte-se em uma preocupante mancha na integridade moral de quem deveria, por natureza de seu ofício, guiar a sociedade em direção a um futuro mais justo.
Por que há a naturalização da traição na esfera política? Há um dilema ético cuja solução tem sido negligenciada pela maioria das lideranças. O escândalo das traições, quando deveria ser veementemente repudiado por quem faz política, é, ao contrário, muitas vezes realizado, afogando nossa sociedade em uma dança perigosa com a manipulação dos valores morais.
No entanto, somos testemunhas de uma inversão preocupante de valores: os princípios, outros inegociáveis, agora são moedas de troca facilmente negociáveis nos bastidores do poder. Nesse jogo, os ideais, muitas vezes, são abandonados nos palanques após as eleições, sendo substituídos por agendas pessoais e compromissos que raramente refletem os anseios da população.
Este editorial, por isso, não visa ser apenas um grito de indignação, mas sim um chamado para a reflexão e resgate de valores éticos e morais tanto por parte de nossos líderes quanto de nossos cidadãos. A demanda é clara: queremos líderes cuja bússola moral esteja incessantemente alinhada com o bem-estar coletivo e a integridade inabalável. E, por isso, a vigilância e a exigência cívica são imprescindíveis.
DA REDAÇÃO
Por José Portnalli Alencar
Com informações da Agência de Notícias
"Deus Seja Louvado!"