Mesmo com a agenda apertada em
Araripina, onde participa da Fiscalização Dirigida do Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE), o presidente Evandro Alencar,
fez questão de atender ao chamado da diretora da Faculdade de Ciências Agrárias
do Araripe (Faciagra), engenheira agrônoma Serliete de Carvalho Mendes
Schneider, para, juntamente com os coordenadores dos cursos de Agronomia e
Tecnológico e Gestão Ambiental, Roberto Rivelino Ribeiro Carlos e Armínio Artur
de Carvalho, respectivamente, participar de uma reunião para tratar das
dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelos gestores à frente da instituição
de ensino superior, que tem 29 anos de fundação.
A Faciagra, que obteve nota 1 na
primeira avaliação de 2015 realizada pelo Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade), passa por sérios problemas financeiros já que, de acordo
com Serliete Schneider, por ser autarquia, não recebe incentivos financeiros de
nenhuma das esferas de governo. Outro agravante, ainda segundo a diretora da
instituição de ensino, é o fato de que quase 100 por cento dos alunos
matriculados são agricultores e filhos de agricultores que não têm condição de
pagar a mensalidade de R$ 300.
No entanto, o maior problema enfrentado
pelo grupo são as questões relativas ao tempo de formação dos alunos, que é
inferior ao exigido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), além dos
problemas existentes com a grade curricular dos cursos que não contempla todas
as disciplinas exigidas. “O problema que enfrentamos começou há muitos anos e
os alunos que iniciaram suas formações acadêmicas nesta época estão correndo
risco de serem prejudicados”, disse Schneider, se referindo à impossibilidade
de alunos do curso Tecnológico e Gestão Ambiental, obterem diploma, assim como
registro no Conselho competente, em virtude do não cumprimento das regras
exigidas pelo MEC.
Com relação à questão, a diretora pediu
apoio ao Crea-PE, onde a escola tem registrado o seu curso superior de
Agronomia, no sentido de viabilizar uma discussão com os órgãos competentes
para que, unindo esforços, possa estruturar, entre outras, a matriz curricular
dos cursos ministrados pela Faciagra e ainda, possibilitar, com a correção das
irregularidades, adquirir a condição necessária para obtenção de recursos
do Governo Federal.
Diante do pedido, o presidente Evandro
Alencar disse ter todo interesse em ajudar no que for possível, a resolver os
problemas da Faciagra, não apenas como presidente do Conselho onde a escola tem
representação formal, mas, principalmente, como cidadão que, nascido em
Araripina, sabe da importância da instituição para os alunos da região. Dentro
dessa perspectiva, o presidente se comprometeu a dar encaminhamento a um
documento que deverá ser elaborado pela faculdade, onde deverão constar todas
as questões mencionadas, como também os questionamentos necessários para se
chegar à solução dos problemas que foram se acumulando ao longo dos anos.
Com o compromisso da diretora e dos
coordenadores, de que o documento será encaminhado ao Crea-PE o mais brevemente
possível, o presidente Evandro Alencar, garantiu ainda envidar esforços no
sentido de ajudar a viabilizar a visita do presidente do Conselho Federal, José
Tadeu da Silva, à cidade de Araripina, oportunidade em que esses assuntos
poderão ser tratados também com ele.