"Não dá para ter mais quatro anos da Dilma (Rousseff), o Brasil não
agüenta". A afirmação foi feita pelo governador de Pernambuco e provável
presidenciável Eduardo Campos, no sábado (8), no município de Nazaré da Mata,
na zona da mata pernambucana quando acusou a presidente de travar o crescimento
econômico do Brasil. Foi a primeira vez em que ele citou nominalmente a
presidente Dilma Rousseff, em meio aos constantes ataques tem feito ao governo
federal.
"A presidenta não soube tocar o Brasil do jeito que precisava ser
tocado", afirmou, durante encontro político promovido pelo PSB e noticiado
pelo blog Giro Mata Norte. "Com respeito ao povo organizado, com respeito
ao diálogo democrático, com a capacidade de ouvir e somar forças, ter a
paciência que o líder tem que ter e a sabedoria de aprender com o povo".
"Quem acha que sabe tudo não sabe de nada", continuou, ao
reiterar que o Brasil "parou de crescer como estava crescendo".
As declarações foram feitas no evento em que apresentou o seu candidato
à sucessão estadual, o secretário da fazenda, Paulo Câmara, ao lado dos
candidatos da chapa majoritária - o deputado federal Raul Henry (PMDB),
candidato a vice, e o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra
Coelho (PSB) que concorrerá ao Senado.
A administração do ex-presidente Lula foi elogiada, dentro da estratégia
de reverenciar o governo do petista e responsabilizar a presidente Dilma de não
dar continuidade ao que foi realizado pelo seu padrinho político. "O povo
elegeu um retirante que saiu daqui (Pernambuco) tangido pela seca e pela fome e
se transformou numa grande liderança sindical da área industrializada do
Brasil, que chegou à Presidência da República depois de esgotado politicamente
o modelo que estava em vigor, e teve a sabedoria, a inteligência, a capacidade
de ouvir, a humildade de construir com diálogo um tempo de mudança no Brasil.
Um tempo de mudança que fez o Brasil voltar a crescer como não crescia".
Agência
Estado