quinta-feira, 19 de novembro de 2015

DENUNCIA: DOAÇÕES DE TERRENOS E IMOVÉIS PÚBLICOS A PARTICULARES EM ARARIPINA PODEM FERIR GRAVEMENTE OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS


EXCLUSIVIDADE

O Blog Casa de Abelha teve acesso com exclusividade a informações que ex-prefeitos de Araripina se apropriaram e doaram a familiares e aliados políticos vários terrenos e imóveis públicos com muitos indícios de irregularidades. A Câmara de Vereadores e Ministério Publico devem se manifestar imediatamente com a criação de uma CPI juntamente com uma Auditoria nos últimos 30 anos para apurar os fundamentos dessas denuncias gravíssimas.

Trata-se de casos típicos de desvio de finalidade, pois que não se justifica a doação de imóvel para particular, para que este utilize terrenos ou imóveis para fins meramente privados.
Outrossim, trata-se de ato imoral, que não atende ao bem-comum da sociedade, contrariando as regras da boa administração, o senso comum de honestidade, retidão, equilíbrio e justiça.
Inegável, ainda, que se confirmado a existência de tal atividade ilegal, caracteriza malversação do dinheiro público posto gasto para atender ao interesse particular.
A doação na forma cogitada, pode ferir os princípios que regem a administração, não pode prevalecer e, por conseguinte, a Lei 1.146/99, que é imoral e inconstitucional, merece ser anulada pelo Poder Judiciário. E por se tratar de norma de efeitos concretos, prescinde-se de ação direta de inconstitucionalidade. A jurisprudência reconhece que, em tais situações, é cabível a ação popular. Destarte, se existe a possibilidade de se propor ação popular para invalidar uma lei de efeitos concretos, é certo que na defesa do patrimônio público o Ministério Público também tem legitimidade para o ajuizamento de ação civil pública, para o mesmo desiderato, nos termos dos artigos 129, III, da CF e 25, da Lei Federal nº 8.625/93.

Quanto à reparação do dano, os mencionados agentes são responsáveis solidários, porque contribuíram para que os atos lesivos ao patrimônio público fossem praticados.
Maiores informações após o Poder Legislativo e Ministério Publico se manifestarem.