Por definição e pela realidade prática, todo o político busca o poder.
Além disso, salvo as honrosas exceções, a maioria dos políticos prefere a
titularidade de um cargo executivo sobre a de um cargo legislativo. No próprio
legislativo, ocupar a presidência da mesa, ou um de seus cargos, ou a liderança
da bancada, sempre é preferido na comparação com o exercício isolado de seu
mandato.
No executivo também essa preferência parece ser a regra. O prefeito quer
ser deputado para, quem sabe, depois vir a ser governador, e este gostaria de
ser deputado federal, para quem sabe tornar-se ministro. E, alguns
governadores, desde o início de seu mandato, têm já os olhos postos no
Planalto.
É que governar entrega ao eleito o poder de decidir, de escolher, de
fazer. Alguns delinqüentes, quando detêm esse poder o usam para benefício
próprio, de seus partidos, de seus amigos, familiares.
Não devemos, porém, pela lembrança destes exemplos negativos esquecer
que o poder, quando usado com sabedoria, justiça e visão pode realizar
maravilhas pelo progresso, pelo bem comum, pela perenidade dos valores, pela
benção da beleza estética, pela nossa vida individual.
Francisco Ferraz