A
Engenharia Social é a principal arma dos golpistas. Seja para conseguir
informações pessoais, como senhas, número de cartão de crédito e hábitos, os
criminosos se aproveitam da boa fé das pessoas para aplicar golpes que muitas
vezes podem custar caríssimo
Além do scam, que é um e-mail fraudulento que contém um malware, e
do phishing, que redireciona o usuário para um site igual ao legítimo de alguma
instituição financeira, uma nova modalidade de golpe tem se aproveitado da
confiança das pessoas para captar dinheiro.
O golpe do boleto pelo correio tem atingido uma
quantidade alarmante de pessoas. Golpistas mandam por correio boletos de
pagamento parecidíssimos com contas de consumo ou tributos municipais e
estaduais.
Como parecem exatamente com os legítimos, o
cidadão acaba pagando os boletos sem suspeitar de nada. E aí que o falsário
embolsa o dinheiro.
A quantia acaba transferida para contas de
“laranjas”, que captam o dinheiro, algumas vezes sem ter conhecimento, para o
criminoso. De posse da senha dessa conta, muitas vezes conseguidas via scam ou
phishing, o bandido completa o golpe.
Para evitar esse golpe, alguns cuidados simples
podem ser tomados. Primeiro, prefira pagar boletos nos caixas eletrônicos.
Antes de concluir a operação, sempre aparece o nome do favorecido na tela. Caso
o nome não esteja de acordo com o emissor do boleto, é só cancelar a operação.
Verifique se
o código do banco do favorecido é o mesmo dos primeiros três dígitos da
representação numérica do código de barras que se encontra normalmente na parte
superior do boleto. Se houver divergência, desconfie. Você pode verificar os
códigos dos bancos visitando o site da Febraban.
Outro cuidado é reparar se a localização da
agência emissora é compatível com o endereço do beneficiário. Alerta vermelho
se um boleto que deveria ter sido emitido por uma empresa paulista for de uma
agência da Bahia, por exemplo.
Desconfie sempre de telefonemas, aparentemente
de empresas legítimas, que perguntam várias informações pessoais e seus hábitos
de consumo. Se um bandido descobre que você tem um celular pós-pago de alguma
operadora ou determinado plano de saúde, poderá enviar para sua casa um boleto
falso disfarçado, que na pressa do dia a dia pode ser confundido.
Na dúvida, entre em contato com o suposto
emissor do boleto e confira sua veracidade. E nunca deixe de denunciar esse
tipo de golpe, pois essa informação auxilia a polícia a desbaratar quadrilhas
especializadas nesses golpes.
E se você é empresário, olho vivo nos boletos
de contribuições opcionais, principalmente oriundas de sindicatos, que
aparecem. Apesar de parecerem obrigatórias e passíveis de protesto, essas
contribuições só precisam ser pagas se seu contador confirmar a necessidade. Do
contrário, podem representar um gasto desnecessário para sua empresa.