O governador Renato Casagrande reuniu a imprensa em um hotel de Vitória,
na tarde da ultima terça-feira (6), para anunciar sua candidatura à reeleição.
Ele anunciou ainda o alinhamento com o projeto nacional do PSB, assumindo em
definitivo a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República.
Apesar de afirmar que não vai excluir nenhum partido das conversas
eleitorais, o posicionamento de Casagrande encerra os diálogos com o PT e PMDB.
''Aquele conceito de unidade não existe mais'', cravou o governador. O recado
vai diretamente para os dois partidos que na eleição de 2010 compunham a base
da aliança. Hoje o PT tem o projeto nacional de reeleição da presidente Dilma
Rousseff e o PMDB, apesar de dividido, deve lançar candidatura própria ao
governo com o ex-governador Paulo Hartung.
Casagrande também falou do futuro do PT e PMDB no seu governo. Foi
incisivo sobre os cargos ocupados hoje pelos dois partidos. Afirmando que agora
o governador é candidato e como a base de sua campanha será o trabalho realizado
nos quatro anos de mandato, devem permanecer no governo aqueles que concordam
com seu jeito de governar e afirmou que os partidos devem se posicionar, se não
se posicionarem, o governo o fará.
Sobre as movimentações com o PSDB, o governador afirmou que as conversas
se intensificam agora que ele está oficializando a pré-candidatura, mas não
quis direcionar o assunto para o ninho tucano. Nos meios políticos, porém, a
parceria entre PSDB e PSB, que fora costurada pelos presidenciáveis Eduardo
Campos e Aécio Neves, no último 1º de Maio em São Paulo, segue a todo vapor.
Quanto aos ataques do programa do PSDB ao seu governo, Casagrande disse
que não viu as críticas, mas que as conversas entre PSDB e PSB nunca foram
interrompidas.
