quinta-feira, 16 de maio de 2013

LIDERADO MAIOR QUE O LÍDER


Em Araripina, na sua circunscrição, o vereador Evilásio Matheus (PDT), líder da oposição na câmara, caminha para ser também, e rapidamente, o líder do grupo que formava a antiga oposição. Na ausência de um líder carismático para reunir a 'tropa', é Evilásio, sempre, que constrói as pontes para ligar às outras esferas de poder, na tentativa de dar vida aos liderados que se ressentem de apoio e prestígio.

Prova maior foi a travessia  que o vereador de Lagoa do Barro acabou de fazer, saindo da esfera de Raimundo e negociando o apoio ao filho de Fernando Bezerra Coelho, seu homônimo, que é candidato a reeleição (deputado federal). Esta manobra surtiu dois efeitos imediatos:

1) Evilásio e colegas de bancada oposicionista começaram a trabalhar pelas bases com apoio da CODEVASF;

2) Raimundo Pimentel, que é o 'líder' do grupo, deverá rever os planos iniciais de ingressar no PTB de Armando Monteiro e seguir Evilásio, apoiando Fernando Bezerra Coelho, entrando assim no PT.

De qualquer modo, a vida de Pimentel é espinhosa nessa travessia. Quando, e se realmente sair do PSB, poderá perder o apoio de aliados importantes na região. Exemplo mais clássico é o prefeito de Bodocó (PSB).

FUTURO DE CADA UM

Evilásio marcha célere para ficar maior que o tamanho de um vereador em Araripina, politicamente falando. Por isto, será chamado a disputar a prefeitura ou mesmo a ser vice de alguma chapa. Isto levará Raimundo Pimentel a rever seus planos de construir a oposição em torno da esposa e médica Dra. Socorro. 

Ralando como está,  de onde e de quando vem no sol e no sereno, será quase impossível Evilásio permitir que outro nome, e não o seu, seja lançado a prefeito de Araripina pela via da oposição. 

Do contrário, teria sido melhor ter levado adiante sua fábrica de placas de gesso em vez de se esforçado tanto para fazer nome na política.

Evilásio Matheus é um  exemplo clássico de liderado que fica maior que o líder na terra que ambos escolheram para fazer política. Talvez por isso, nem precise mais ouvir dos aliados aquele velho choro de falta de reunião e diálogo com os líderes. Ele lesmo reunirá a tropa.

Por Ronaldo Lacerda