Governador de PE
utilizou o feriado para visitar municípios do Agreste.
Aos índios, disse que seca foi causada por "agressões à mãe natureza".
O governador Eduardo Campos (PSB), aproveitou o
feriado do dia do trabalhador para dar início a uma extensa agenda de visitas a
municípios do interior do estado. Nesta quarta-feira (1º), o socialista
arregaçou as mangas e passou grande parte da tarde em compromissos públicos em
comunidades da cidade de Pesqueira, no Agreste. Adotando um claro tom político
nos discursos, Campos visitou cisternas, assinou ordens de serviços e, mesmo
debaixo de chuva, tirou fotos com vários moradores.
Em seu último ato do dia, na
comunidade quilombola Negros do Osso, o governador criticou gestões passadas e
enfatizou que ele foi o responsável por levar serviços públicos à localidade.
"É preciso ter compromisso com quem mais precisa. Tem gente que fala
bonito, mas não faz bonito nas atitudes. Essa comunidade viveu tempos de
abandono, quando aqui não vinha ninguém", disse. "Se a gente deixar a
máquina pública trabalhar por si só, ela só vai moer do lado dos graúdos",
completou.
Na comunidade, Campos, acompanhado da
primeira-dama Renata, assinou uma ordem de serviço para construção de
cisternas, conheceu moradias construídas pelo governo, conversou com moradores
e se comprometeu em dar celeridade à entrega de sementes para os agricultores
da área. "É importante que o Estado chegue [nessas localidades] não como
um favor, mas como um direito da cidadania pernambucana", enfatizou.
Mais cedo, o governador esteve na
aldeia indígena Pé de Serra do Nogueira, da tribo Xucuru. O Estado irá
implantar dois projetos de irrigação comunitária nas terras da etnia,
totalizando um investimento de R$ 980,8 mil. Falando para uma pequena plateia
de moradores, numa escola pública da região, o socialista prometeu que a
comunidade receberá água do rio São Francisco e falou que a forte estiagem
ocorrida este ano aconteceu por causa de "agressões à mãe natureza".
"Os índios sabem disso mais do que ninguém", disse.
Pela manhã, Eduardo Campos já havia ido a Caruaru, onde esteve no assentamento Normandia. Na ocasião, o governador se reuniu com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e assinou um convênio para a construção de uma Unidade de Beneficiamento de Raízes e Tubérculos, cujo investimento será de R$ 432 mil. Além disso, o governador ainda autorizou a construção de 21 cisternas tipo calçadão.
Ao todo, foram liberados R$ 659 mil
para obras de infraestrutura e de combate aos efeitos da seca na fazenda. De
acordo com o socialista, a visita ao local teve o objetivo de "consolidar
o assentamento que já tem 20 anos".
Nesta quinta-feira (02), o socialista segue seu périplo pela Mata Sul e pelo Agreste do estado. Durante todo o dia, serão nada menos que seis compromissos, começando no município de Palmares, onde ele visitará obras de construção da barragem Serro Azul. Na sexta-feira (03), Campos também passará por Garanhuns, Bom Conselho, Brejão e Palmeirina.
Nesta quinta-feira (02), o socialista segue seu périplo pela Mata Sul e pelo Agreste do estado. Durante todo o dia, serão nada menos que seis compromissos, começando no município de Palmares, onde ele visitará obras de construção da barragem Serro Azul. Na sexta-feira (03), Campos também passará por Garanhuns, Bom Conselho, Brejão e Palmeirina.
Relação com Dilma
O governador Eduardo Campos (PSB) voltou a comentar sobre sua relação com a presidente Dilma Rousseff (PT) e afirmou que tudo permanece da mesma forma. De acordo com o socialista, "ela (Dilma) tem responsabilidades com Pernambuco, eu tenho também, ela tem com o Brasil e eu tenho também", contemporizou.