OPOSIÇÃO ALFINETA DILMA COMPARANDO-A A GEISEL "GENERAL DA DITADURA"
A oposição
encontrou uma nova bandeira para bater em Dilma Rousseff. A de que o seu
governo está manobrando para adoção de regras que dificultam a ação dos
partidos rivais.
O alvo disso é um projeto de lei que coloca limites para a
criação de novos partidos – impede que tenham acesso ao tempo de propaganda no
rádio e na tevê e restringe o acesso deles às verbas do fundo partidário.
Já
foi aprovado na Câmara e está em tramitação no Senado. Se for aprovado lá
também e entrar em vigor, na prática vai inviabilizar a criação do Rede
Sustentabilidade, de Marina Silva, e a fusão do PPS com o PMN (que resultaria
no surgimento de outro partido, de apoio à candidatura de Eduardo Campos).
Quem abriu a caixa
de ataques à presidente foi o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que comparou o
projeto com o pacote de abril de 1977, quando o então presidente Ernesto Geisel
fechou o Congresso e adotou entre outras medidas a do senador biônico. Simon
chegou a chamar Dilma de “marechala presidente” e de “política vulgar”. Disse
que o projeto era “um pacote de abril de quinta categoria” e que a presidente
“está perdendo a credibilidade”.
Recebeu apartes de
apoio do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), no mesmo tom. “Isso é um
atentado à democracia”, disse ele, “o governo quer mudar as regras do jogo,
visando facilidades nas próximas eleições. A ditadura fez isso para impedir,
naquele momento, um único partido, pois o que se vivia era o bipartidarismo”.
Para Jarbas, “isso não é assunto de oposição e situação, isso é ofensa à
democracia, aos democratas e não uma questão partidária”.