segunda-feira, 29 de abril de 2013

OPOSIÇÃO ALFINETA DILMA COMPARANDO-A A GEISEL "GENERAL DA DITADURA"


A oposição encontrou uma nova bandeira para bater em Dilma Rousseff. A de que o seu governo está manobrando para adoção de regras que dificultam a ação dos partidos rivais. 

O alvo disso é um projeto de lei que coloca limites para a criação de novos partidos – impede que tenham acesso ao tempo de propaganda no rádio e na tevê e restringe o acesso deles às verbas do fundo partidário. 

Já foi aprovado na Câmara e está em tramitação no Senado. Se for aprovado lá também e entrar em vigor, na prática vai inviabilizar a criação do Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, e a fusão do PPS com o PMN (que resultaria no surgimento de outro partido, de apoio à candidatura de Eduardo Campos).

Quem abriu a caixa de ataques à presidente foi o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que comparou o projeto com o pacote de abril de 1977, quando o então presidente Ernesto Geisel fechou o Congresso e adotou entre outras medidas a do senador biônico. Simon chegou a chamar Dilma de “marechala presidente” e de “política vulgar”. Disse que o projeto era “um pacote de abril de quinta categoria” e que a presidente “está perdendo a credibilidade”.

Recebeu apartes de apoio do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), no mesmo tom. “Isso é um atentado à democracia”, disse ele, “o governo quer mudar as regras do jogo, visando facilidades nas próximas eleições. A ditadura fez isso para impedir, naquele momento, um único partido, pois o que se vivia era o bipartidarismo”. Para Jarbas, “isso não é assunto de oposição e situação, isso é ofensa à democracia, aos democratas e não uma questão partidária”.